“Recordo-me”, escreve Jacó Knapp, o evangelista batista, "que um ateu, de coração duro, acostumado a amaldiçoar ministros e igrejas, acompanhou-me até meu aposento, certa noite, falando de maneira inconveniente e abusada. Chegados à porta da casa, disse-lhe: ‘Meu amigo, espero vê-lo em breve no altar, arrependido, buscando a salvação.’
Ao que ele retorquiu: ‘Nunca! Nunca!’ Três dias após esta conversa, à noite, lá estava no altar o ateu! Aproximei-me dele e me perguntou: ‘Que farei? Estou em grande dificuldade.’ Disse-lhe que orasse. Respondeu-me que não podia nem ousava orar. Insisti: ‘Deus é misericordioso. Vá a Cristo e peça-lhe que o perdoe.’ Replicou ele: 'Tenho amaldiçoado a Cristo; como posso pedir-lhe misericórdia? Parece-me que no momento em que tenciono orar o diabo me leva para o inferno.' Disse-lhe que começasse a orar e continuasse orando porque o diabo não o levaria longe, pois ele não quer no inferno almas que oram. Ajoelhou-se e quis orar. Abria a boca, mas lhe faltava coragem, e assim a fechava de novo. A noite toda e parte do dia seguinte continuou neste estado horrível. Finalmente clamou a Deus pedindo misericórdia por amor de Cristo. Deus lhe veio em auxilio e ele se expandiu em demonstrações de júbilo pela consciência do perdão e esperança que lhe floresciam na alma.”
OPODER DO ESPÍRITO SANTO. GEORGE W.
RIDOUT. IMPRENSA METODISTA. São Paulo-SP. 3ª Edição, 1973.
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