Há uns quarenta anos, faleceu um honrado oficial da marinha
inglesa, deixando aos seus, como herança, uma Bíblia, única coisa que possuía.
Nela estava escrita as
seguintes palavras:
“Esta Bíblia me foi
oferecida pelo Sr. Raiks (*), na cidade de Hertford, no mês de Janeiro de 1781,
como prêmio à minha pontualidade na Escola Dominical e pela boca conduta que
sempre levava. Acompanhou-me por 53 anos dos quais 41 passei no mar.
Durante esses anos
dei 45 combates navais. Fui ferido treze vezes. Três naufraguei. Uma ocasião
queimou-se o nosso bote. Por quinze vezes fui atacado das febres e sempre a Bíblia foi o meu consolo. Aos 26 de Outubro de 1834, dia em que
completei os meus 60 anos, mandei-a encadernar de novo por Jayme Bishop, em Edimburgo. Tudo isto testifico com a minha própria firma.”
Que Bíblia consultada! Que história
comovedora não revelam essas palavras!
Ouve-se o bramir da
tempestade, sibilar das balas, o gemido dos feridos e o suspirar dos enfermos,
e, depois de tanta ansiedade e perigo, voltamos os olhos para o livro e lemos:
“Sempre a Bíblia foi o meu consolo.”
Não é maravilhoso que
esse livro produza tais efeitos?
Haverá outro que se
possa comparar com ele?
Quão grande não é a
responsabilidade daqueles que querem ocultar ao povo esse tesouro de consolação
e força!
(*) Fundador das Escolas
Dominicais
IMPRENSA
EVANGELICA.VOL. XXIII, Nº 04, 22
DE JANEIRO DE 1887, p. 29.
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