Devemos
lembrar-nos que ele é nosso CRIADOR; que criou-nos para sua glória;
que somos Seus, e não nossos; que Nele vivemos, nos movemos, e temos nossa
existência; que a vida nada mais é além de uma oportunidade que nos é dada a fim
de prepararmo-nos para o gozo com Ele no céu.
Devemos
lembrar-nos que Ele é o nosso REDENTOR; que Ele estava em CRISTO,
reconciliando o mundo para Si mesmo; que Ele tem sempre vontade de salvar-nos;
que não nos têm tratado segundo nossos pecados, nem recompensado segundo nossas
iniquidades; porém que, quando éramos Seus inimigos, fez-nos ver Sua caridade
pela morte de Seu Filho.
Devemos
lembrar-nos que Ele é nosso SANTIFICADOR; e que por Seu Espírito Santo
ilumina nossos entendimentos com a verdade; que por Seu Espírito nos guiará,
susterá e confortará, far-nos-á santos, purificar-nos-á de todos os pecados, e
nos dará aquela paz que sobrepuja todo o entendimento.
Devemos
lembrar-nos que DEUS está sempre
presente; junto a nosso leito, junto a nossos passos, e vê todos nossos
caminhos; que quando obramos o mal, ira-se contra nós; e quando fazemos o que é
reto, lhe agradamos.
Devemos
lembrar-nos que DEUS é poderoso e
sábio; que só Ele conhece o que é melhor; e que todas Suas ordens estão em
Sua infinita sabedoria. Somos em Suas mãos como barro em mãos de oleiro, e Ele
pode e há de fazer o que lhe praz: portanto em todas nossas provações e
sofrimentos, devemos submeter-nos com um coração contente, e dizer: “Seja feita
Tua vontade;” porque todas as coisas fazes bem.
Devemos
lembrar-nos que DEUS é bom e
misericordioso, e esforçar-nos em procurar Sua bondade em tudo quanto
vemos, porque não há lugar, onde a bondade de DEUS se não mostre, na terra, no
ar, no mar. Suas ternas misericórdias estão sobre todas Suas obras.
Devemos
lembrar-nos que DEUS é fiel e justo;
que tudo quanto tem prometido cumprirá; e que, se continuarmos no pecado, com
toda a certeza nos punirá para o futuro; se, porém nos arrependermos,
perdoar-nos-á.
Devemos
lembrar-nos que DEUS é santo e
verdadeiro; que devemos ser puros no coração antes que possamos vê-Lo, e
sinceros em tudo o que fazemos em Sua presença; e finalmente em nossa conduta
com nossos semelhantes, devemos imitar Sua bondade, Sua justiça, Sua
fidelidade, Sua verdade, e Sua misericórdia: porque só assim nos prepararemos
para Seu reino eterno e eterna união com ELE.
IMPRENSA
EVANGELICA. VOL. II, Nº 08, 21 DE ABRIL DE 1866,
p. 63
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