DEUS





       
  Ao pronunciar este nome, quantas amarguras não sentirá o ateu em seu coração?!

    Terrível deve ser para ele, cuja insolência é reprovada por todos os seres, ainda mesmo os mais humildes e insignificantes, a ideia de um Deus supremo e justo juiz. Certamente que o mau deve sentir dor em seu coração quando ouve a voz do seu benfeitor, contra quem blasfema: “Ingrata é a tua ação.”

    Não há a mínima dúvida, os ímpios se devem envergonhar quando os seres seus inferiores, com que lhes dizem: “Ingrato, ímpio, aborto de ingratidão.”

    Os astros em seu rápido movimento, girando velozmente pelo espaço infinito, cumprindo leis eternas, estão constantemente, perenemente proclamando a existência do supremo Autor de tão perfeita harmonia.

    Porque esses mundos que brilham sobre nossas cabeças, não deixam suas órbitas? Como poderemos explicar a lei que rege todas as coisas, mesmo aquelas que nos parecem mais insignificantes, se negarmos a existência de um Autor sábio e todo poderoso?

IMPRENSA EVANGELICA.ANO XXVIII, 25 DE JUNHO DE 1892.  Nº 25, p. 203

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