S. Paulo e a oração



“Rogo-te, pois, primeiro que tudo, se façam súplicas, orações, preces e ações de graças por todos os homens: pelos reis, e por todos que estão elevados em dignidade, para que vivamos uma vida sossegada e tranquila, em toda a sorte de piedade e de honestidade, porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador.” (Ep. 1º a Timóteo, cap. 2, v. 2 e 3.)

     Notemos: 1º “Os cristãos devem ser dados frequentemente à oração, abundar nela, e habituar-se às súplicas e preces.

    2º Devemos, em nossas orações, interessarmo-nos generosamente por outros, tanto como por nós mesmos. Devemos orar por todos os homens, e não limitar nossas orações ou ações de graças as nossas próprias pessoas ou famílias.

    3º A oração consiste em vários modos: súplicas, intercessões e ações de graças; porquanto, devemos orar tanto pelas misericórdias de que necessitamos, como devemos ser gratos pelas misericórdias já recebidas, deprecando os juízos que merecem os pecados, nossos e os dos outros.    

     4º Todos os homens, até mesmo os reis, e os que estão em autoridade, necessitam de nossas orações, porque eles lutam com muitas dificuldades, e estão expostos a muitos laços, em razão de seus elevados cargos.

    5º A oração pelos que nos governam é o melhor meio de alcançarmos uma vida tranquila e sossegada. Os Hebreus, na Babilônia, foram admoestados para buscarem a paz da cidade, a qual foi Deus servido levá-los em cativeiro, e pedir ao Senhor por ela; porque na paz da mesma teriam também  eles paz. (Jeremias 29:7.)

    6º Se desejamos ter vida sossegada e tranquila, devemos viver em toda sorte de piedade e honestidade, isto é, cumprir com os nossos deveres para com Deus e os homens. “Porque o que quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie sua língua do mal, e os seus lábios não profiram engano. Aparte-se do mal, e faça o bem: busque paz, e vá após dela.” (I Pedro 3: 10-11.)

    Ora, a razão para isto dada, é porque isto é bom, diante de Deus, nosso Salvador; isto é, o Evangelho de Cristo exige, que assim o façamos. Devemos, pois, fazer e abundar naquilo que é agradável à vista de Deus nosso Salvador.

IMPRENSA EVANGELICA.
5 DE NOVEMBRO DE 1864, Nº 01, p. 5

Comentários