Quando Voltaire, o
chefe da escola dos ateus, dos seus dias, jazia no leito da morte, não se via
no seu rosto nenhuma aparência de esperança ao deixar este mundo parecia-lhe
que ia dar um salto nas trevas. Por fim, quando sentia a mão fria da morte cair
sobre ele, chamou ao seu médico, e achando-se já nas agonias da consciência,
ofereceu-lhe a metade de suas possessões se prolongasse sua vida seis meses.
– Não, disse o
médico; nem seis meses nem seis semanas posso lhe assegurar a vida.
– E então, gritou
Voltaire, devo ir ao inferno? A misericórdia de Deus não tem alcance para mim.
Eu tenho me oposto ao cristianismo, mas agora, oh, por graça, por misericórdia!
Que morte tão
diferente da do cristianismo, que dorme tranquilamente no Senhor, dizendo: O
Senhor é meu pastor e ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não
temerei mal algum, porque Tu estarás comigo.
Que dizem os ateus
de seu mestre?
IMPRENSA EVANGÉLICA.
1885, Nº 25,
VOL. XXIII
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