Meditações de George Bowen (I)
I
O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e,
pelas Suas pisaduras, fomos sarados. Isaías 53:5
Ele, Jesus, satisfez à justiça
divina pelas ofensas cometidas por nós, e esgotou o castigo a nós destinado de
maneira que nós temos reconciliação com Deus. Sua imaculada pureza e a
dignidade infinita da Sua pessoa tem imensamente aumentado o valor dos Seus
sofrimentos, de sorte que, sem ser o mesmo em qualidade e duração que a justiça
divina teria exigido, tivéssemos nós os culpados sido os sofredores, todavia
foram abundamente amplos como uma expiação pelos pecados da humanidade. Deveras
a justiça e a santidade de Deus e a honra da Sua lei, são ilustradas tão
gloriosamente pela morte de Cristo, como é a bondade de Deus para com o mundo
caído.
A paz nos tendo sido comprada por tão
grande preço, resta-nos agora a pergunta: Temos nós essa paz? Nós vemos como
pode-se obtê-la. Vejamos na morte de Cristo; o castigo merecido por nós; no
cálix que o Seu Pai lhe deu, toda a ira merecida pelas nossas iniquidades, e
vistamos a vestidura da equidade de Cristo que nos foi dada na cruz. Há alguns
que fazem da cruz de Cristo uma desculpa para pecar; mas eles não conhecem,
deveras, aquela cruz; mas eles não contemplam o Cristo verdadeiro, nem tem
algum conhecimento dos Seus sofrimentos. Perdão recebido lá, atualmente lá, não num Calvário imaginário, perdão recebido
juntamente com uma realização do que foi suportado por Cristo, dissolve o poder
do pecado na alma, e renova o coração.
IMPRENSA EVANGELICA.
VOL. XXI, Nº 2, p. 14, 17 de Janeiro
1885.
Comentários
Postar um comentário