II
Bom me foi ter sido afligido; para
que aprendesse os Teus estatutos. Salmo 119:71
O que seria este mundo sem
calamidade? Os homens falam do mistério destas. O mistério seria infinitamente
maior, se não houvesse afeição. Se a prosperidade contínua fosse a sorte do
homem, o caráter de Deus ficava em dúvida. Seria semelhante ao céu dos Hindus,
e tornar-se-ia necessário supor deuses hindus a presidir para escapar a anomalia
monstruosa de pecadores ocupando o lugar dos bem-aventurados.
O cristão tem razão
de bendizer a Deus que as coisas não tem sido acomodadas as suas vontades. Quando
lágrimas escureceram-lhe os olhos, ele olhou e viu coisas magníficas na palavra
de Deus. Quando Jonas subiu das profundezas do mar, mostrou ter aprendido os
estatutos de Deus. Para obter o conhecimento que ele obteve, não se pode ir
profundo demais. Agora nada o obstará ir a Nínive. É como se tivesse trazido
consigo do fundo do mar um exercício de legiões formidáveis. A Palavra de Deus
apreendida pela fé, converteu-se em mais do que isto para ele. Todavia ele
necessitava de mais aflição; porque havia estatutos que ainda não tinha aprendido.
Teve de descer além num vale de humilhação.
A mais profunda
aflição não consegue ensinar-nos tudo; ainda erramos. Porém, porque havemos de
obrigar a Deus de usar de medidas severas conosco? Por que não havemos de nos assentar sossegadamente aos pés de Jesus, e Dele aprender suavemente o que
precisamos aprender de alguma maneira?
IMPRENSA
EVANGELICA.
VOL.
XXI, Nº 2, p. 14, 17 de Janeiro 1885.
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