APRENDAMOS COM JESUS: George Bowen



Meditações de George Bowen (I)
II
Bom me foi ter sido afligido; para que aprendesse os Teus estatutos. Salmo 119:71

       O que seria este mundo sem calamidade? Os homens falam do mistério destas. O mistério seria infinitamente maior, se não houvesse afeição. Se a prosperidade contínua fosse a sorte do homem, o caráter de Deus ficava em dúvida. Seria semelhante ao céu dos Hindus, e tornar-se-ia necessário supor deuses hindus a presidir para escapar a anomalia monstruosa de pecadores ocupando o lugar dos bem-aventurados.

    O cristão tem razão de bendizer a Deus que as coisas não tem sido acomodadas as suas vontades. Quando lágrimas escureceram-lhe os olhos, ele olhou e viu coisas magníficas na palavra de Deus. Quando Jonas subiu das profundezas do mar, mostrou ter aprendido os estatutos de Deus. Para obter o conhecimento que ele obteve, não se pode ir profundo demais. Agora nada o obstará ir a Nínive. É como se tivesse trazido consigo do fundo do mar um exercício de legiões formidáveis. A Palavra de Deus apreendida pela fé, converteu-se em mais do que isto para ele. Todavia ele necessitava de mais aflição; porque havia estatutos que ainda não tinha aprendido. Teve de descer além num vale de humilhação.

     A mais profunda aflição não consegue ensinar-nos tudo; ainda erramos. Porém, porque havemos de obrigar a Deus de usar de medidas severas conosco? Por que não havemos de nos assentar sossegadamente aos pés de Jesus, e Dele aprender suavemente o que precisamos aprender de alguma maneira?
IMPRENSA EVANGELICA.
VOL. XXI, Nº 2, p. 14, 17 de Janeiro 1885.

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