Estando, uma vez, o
bem-aventurado Moody a um concerto de presidir preces, um homem levantou a mão,
para significar que desejava fazer uma súplica, o Sr. Moody chamou-o, então,
para perto de si e disse que sentia-se alegre, vendo-o resolvido a tornar-se
cristão.
– Mais devagar, Sr. Moody! Mais tarde, e não agora,
tratarei disso, retrucou o homem.
Quando o
fervoroso pregador o encontrou de novo, ele se achava gravemente enfermo.
Perguntado se agora queria receber o batismo, declarou que não o fazia na
ocasião para não dizerem que o temor da morte o obrigara a professar a sua fé.
Estava
convalescendo, quando recebeu segunda visita do Sr. Moody que, insistindo com
ele sobre a sua união à igreja, escutou esta resposta evasiva: “Eu me vou
estabelecer noutro Estado, e, quando ali adquirir novas realizações de amizade,
tornar-me-ei cristão com toda a certeza.”
Passados
alguns dias, teve o Sr. Moody recado de que o homem recaíra enfermo e estava
moribundo. O Sr. Moody foi à casa dele, fez o que pode para levá-lo ao Caminho
da Vida, mas tudo em vão.
– É muito tarde, disse ele.
“O
ladrão na cruz veio na última hora, argumentou o ministro do Senhor.”
– Sim, mas ele nunca ouvira a palavra de Jesus até
esse momento,
e eu sempre O tenho escutado.
– É possível converter-se mesmo à hora undécima,
continuou o
Sr. Moody.
– Mas esta é já a duodécima, e, por isso, é tarde.
E, enquanto se fazia oração, passou-se para o mundo além, balbuciando estas
palavras de produzirem calafrios; acabou-se a colheita, findou-se o verão, e eu
não estou salvo!
É do
prestimoso servo de Jesus com esta asserção, ante a cena medonha acima
descrita: “Nós lhe vestimos uma mortalha sem Cristo, conduzimo-lo para uma
sepultura sem Cristo, e ele caminhou para uma eternidade sem Cristo!
Induzi,
irmãos, os vossos amigos irreligiosos a evitar um fim tão triste.
JORNAL
O PURITANO. ANO XI, Nº 542,
RIO
DE JANEIRO, 5 DE MAIO DE 1910, p. 5.
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