Uma
vez saí em busca do arrependimento.
Dia e
noite o procurei por toda a cidade da consciência.
Perguntei a várias pessoas se o conheciam e
sabiam onde ele vivia, porém todos me respondiam que nunca o haviam visto.
Encontrei
um professor, venerável ancião, que me disse como era e me aconselhou a buscá-lo
ferventemente, mas não me disse onde o acharia.
Então
com o meu coração entristecido saí ao redor da cidade, e comecei a subir uma
colina, até que cheguei a divisar uma cruz e pus-me a contemplá-la. Nisto senti
que alguém me tocava no ombro e uma voz terna e suave me dizia:
Ei-lo!
Ei-lo!
Adormeci
e sonhei.
Vi, não
mais aquela cruz que antes havia contemplado, porém, outra na qual estava o
Salvador crucificando que me dizia: “Vós não quereis vir a Mim para terdes
vida?” Arrependei-vos e crede no Evangelho”. Senti então que o meu coração se
abria. Ah! Arrependimento! Há tanto tempo que te busco, onde estavas?
Sempre
me encontrarás aqui, me respondeu, aqui aos pés do meu Salvador Crucificado. Estou
para sempre ao lado d’Ele.
Jornal
O Mensageiro. Ano IV, Nº 22.
São
Francisco do Sul-SC, 11 de Outubro de 1919, p. 2.
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