10 DE MARÇO
DIA DO PRIMEIRO CULTO EVANGÉLICO NO
BRASIL
No dia 10 de Março de 1557 três pastores
evangélicos franceses, conhecidos como huguenotes, realizaram no Rio de
Janeiro-RJ, o Primeiro Culto Evangélico do Brasil. Os nomes destes pastores eram Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil e Pierre Bourdon.
A palavra ministrada foi Salmo 27:4, que diz: “Uma
coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os
dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e inquirir no seu
templo.” Salmos 27:4
O MARTÍRIO DOS HUGUENOTES
[...]. “A ideia
missionária sempre existiu nas Igrejas Protestantes, tanto assim que em 1556,
Vilaigaignon, propôs a Colegny o estabelecimento de uma colônia protestante na
América e que servisse de refúgio e de asilo para os protestantes perseguidos
pelo clero romano na Europa. Esta proposta foi aceita e o grande reformador
Calvino mandou para o Brasil a 10 de Dezembro de 1556, cerca de 14 ministros e
candidatos ao ministério para o estabelecimento do culto e catequese dos nossos
silvícolas.
Vilaigaignon estabeleceu-se na Baía do
Guanabara, na ilha que infelizmente, ainda hoje, conserva o seu nome.
Logo, depois da chegada dos ministros
Vilaigaignon principiou a evidenciar a traição que armara contra os huguenotes,
maltratando os pastores Richier e Chartier, e mais tarde assassinando a Jean Du
Bourdel. Matheu Vermeil, e Pierr Bourdon, cujos cadáveres foram lançados na
Baía do Guanabara - belo e grandioso
relicário dos primeiros mártires do Novo Mundo!
O martírio desses huguenotes deu-se a 9
de Fevereiro de 1558.
Um dos huguenotes, João Bolés, que fugira
aos maus tratos de Vilaigaignon, o CAIM DA AMÉRICA, apareceu em S. Vicente em
1559, onde foi preso pelo Padre Luiz da Gram. Daí foi para a Bahia, onde esteve
num cárcere e onde tentaram matá-lo por duas vezes. E dali veio para o Rio de
Janeiro, onde foi martirizado a 20 de Janeiro de 1567[...].
Coube ao Brasil receber os despojos dos primeiros mártires do trabalho
missionário evangélico realizado pelos protestantes, o que nos serve de
auspicioso augúrio de que, em breve, o Brasil será uma nação verdadeiramente
cristã, ou protestante.”
Jornal O Puritano. Ano II, nº 83.
Rio de Janeiro-RJ, 3 de Janeiro de
1901, p. 1.
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