Convertei-vos! Convertei-vos!



Convertei-vos! Convertei-vos!

Convertei-vos a Mim, diz o Senhor, e sereis salvo. Isaías 45:22

    Deus nos convida com instância, em sua Palavra e por boca de seus ministros, a que nos convertamos de nossos pecados e transgressões e nos voltemos para Ele que é de toda misericórdia para perdoar, isto antes que chegue a ira do Cordeiro.

    A palavra conversão tem o sentido expresso de mudança para melhor. Deus, pois, mandando a Seus filhos que se convertam, manda que eles deixem os seus maus caminhos e se voltem para Ele, que é o sumo Bem.

     A conversão implica “renascimento”, mudança de coração. Este “renascimento” é obra da Terceira Pessoa da Trindade – o Espírito Santo, nosso Consolador.

     Sem a ação poderosa do Espírito ninguém jamais poderá “nascer de novo”, como importa para poder ver a Deus.

     Ninguém por seu próprio poder se “regenerar” e no entanto se faz preciso conversão para haver salvação.

      A vida cristã é uma vida de experiência e de progresso.

      Pelo Espírito de Deus somos levados à convicção de nossos delitos e pecados. O Espírito os ilumina e nos leva ao conhecimento de Cristo, cujo sangue é eficaz e poderoso para purificar pecados.

     O Espírito, porém, em sua obra regeneradora serve-se dos meios naturais e acessíveis à criatura, ainda a mais humilde da terra.

     Um dos agentes do Espírito de Deus são os próprios crentes, cuja luz deve resplandecer para que todos vejam. O bom exemplo pode muito.

      O crente, cada qual na sua esfera, e usando dos dons que recebeu de Deus, tem obrigação de trabalhar em favor do Reino de seu Deus e Pai.

      Um crente sincero, piedoso e grato não pode ser egoísta, por isso que tal vício é detestável e mau.

       Lendo a Palavra de Deus, vemos que André levou seu irmão a Jesus (João 1:41-43); Felipe, a Natanael (João 1:46-52); a Samaritana, seus patrícios (João 4:28-30)

      Ainda mais, lendo Marcos 10:13-16, vemos que as mães levaram seus filhinhos ao Salvador e que Ele os recebeu com amor e meiguice. Não devemos nós fazer outro tanto? Não devem os mais crentes fazer o mesmo?

    Sim, certamente que sim.

    Sabemos que somos templo do Deus vivo e que podemos servir de instrumento nas mãos de Deus para a salvação das almas, sejamos, pois, ativos.

    Convertei-vos, convertei-vos, pecadores, deve ser o nosso grito constante.

JORNAL IMPRENSA EVANGELICA.
Ano XXVII, nº 36, São Paulo-SP, 12 de Setembro de 1891, p. 283-284.

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