A história do famoso hino 259 do Cantor Cristão, popularmente conhecido por "Ao findar o labor desta vida", hino escrito pelo Pastor João Diener (1889-1963): "Era u'a manhã quente, do ano de 1909 ou 1910. No enorme salão de uma fábrica de tecelagem para onde afluiam as peças de fazenda para serem revistadas, carimbadas e enfardadas, um jovem industriário de vinte anos lidava automaticamente com o alvo tecido. Seu pensamento, porém, estava preso a algo que se passara na véspera, na pequena Igreja Batista local. O pastor, Rev. A. B. Deter, após haver pregado um poderoso sermão evangelístico, lançara um comovente apelo ao auditório e numerosas pessoas haviam se decidido por Cristo. O fato ainda o emocionava e levou-o, pela imaginação, à Escola Dominical que frequentara na infância. [...]. Nascido na Rússia, aos 24 de Setembro de 1889, de pais letos, viera para o Brasil aos oito anos incompletos, aqui chegando a 1º de Agosto de 1897. Vivia no momento em Jundiaí, Estado de São Paulo. As recordações sucediam-se e o artesão nem se dava conta do ambiente sufocante, do tempo que corria e do tecido que automaticamente passava por suas mãos. Repentinamente, como que por encanto, cessou a evocação e uma doce calma tomou-o por inteiro. A seguir, em audição mental, ouviu u'a música para ele desconhecida, mas que se desenhava clara e nítida, solene e lenta, gravando-se-lhe indelevelmente na memória. A melodia foi repetida inúmeras vezes. Trauteou-a o dia inteiro, procurando dar-lhe um texto. À noite, regressou ao quarto em que morava, nos fundos do templo. Sentou-se à mesa e lançou no papel os versos que lhe haviam aflorado à mente na fábrica, para acompanhar a melodia. Não sabendo música, não pode registrar também a linha melódica. Esta só foi reduzida a notas, na pauta, muitos anos depois, por gentileza da filha do seu pastor, Miss Edith Deter... O hino tão espontaneamente composto por João Diener, letra e música, foi pela primeira vez cantado em público na Igreja Batista do Alto da Serra, em São Paulo, num culto em que pregou o Rev. Bagby no qual foi solista o próprio autor." Jornal Batista de 26/01/1963. Seu inesquecível refrão: "Meu amigo, hoje tu tens a escolha: Vida ou morte qual vais aceitar? Amanhã pode ser muito tarde, Hoje Cristo te quer libertar."
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