Como o Imperador D. Pedro II ganhou uma "bíblia protestante"

 

Fonte da foto: Brazil and the Brazilians de James C. Fletcher e Daniel Parish Kidder, 1879, s.p.
  
O Reverendo João Manoel Gonçalves dos Santos (1842-1928) "como agente da Sociedade Biblica e Estrangeira, foi incumbido de entregar um exemplar das Escrituras Sagradas a D. Pedro II, que como se sabe, gostava muito de ler a Bíblia. O livro divino foi entregue ao Imperador em audiência especial, em 31 de dezembro de 1881, acompanhado da seguinte mensagem: “Senhor. – A Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira me encarregou, como seu representante neste Imperio, para, em seu nome, oferecer a v. m. Imperial esta Bíblia Sagrada. V. magestade sabe que a Bíblia é a palavra de Deus, pois os escritores dela foram “homens inspirados pelo Espírito Santo”, 2ª de Pedro 1:21; e que “toda a Escritura é devidamente inspirada e util para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir na justiça afim de que o homem de Deus seja perfeito, estando preparado para toda a boa obra”. 2ª Timotheo 3:16 a 17. Deus, por Moysés, disse aos israelitas, concernente ao Rei: “Depois que ele (o Rei) estiver assentado no trono do seu reino fará escrever para seu uso num livro o Deuteronômio desta lei e tê-lo-á consigo e o lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer o senhor seu Deus e guardar as suas palavras”, Deuteronômio 17:14 a 20. Assim por mim e em nome da Sociedade Bíblica desejo que esta Bíblia sirva para consolação de V. M. Imperial, debaixo do temor de Deus e para nutrição de uma fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, o Rei dos reis e o Salvador dos que Nele confiam. – Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 1881 – de v. m. Imperial, humilde súdito. – João M. Gonçalves dos Santos”. Tambem ao marechal Floriano Peixoto e ao presidente Prudente de Morais o pastor Santos ofertou exemplares da palavra Divina.” A Manhã, nº 308, 1942, p. 36.

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