Foto: O Estandarte, São Paulo-SP, nº 10, Outubro de 1996, p. 1
“Quando Lutero começou a tradução da Bíblia, não imaginou que sua obra haveria de unificar a Alemanha linguisticamente. Embora subsistam os vários dialetos, o alemão da Bíblia de Lutero se tornou o primeiro clássico da língua a se tornar oficial e conhecido por todos. Filólogos alemães apontam para a Bíblia de Lutero como sendo o maior evento do século dezesseis, responsável pelo desenvolvimento do idioma alemão como língua nacional. Se o objetivo de Lutero era tornar a Bíblia acessível ao povo, um passo havia sido dado. Entretanto, o povo precisava também ser alfabetizado para tanto. A repercussão que Lutero e seus escritos causaram fez com que houvesse uma disposição e, mesmo, um anseio do povo pela leitura. Por isso, para a continuação de sua obra, era necessário estabelecer um sistema educacional. E esta foi a etapa seguinte de seu trabalho: a educação, especialmente a educação cristã. Neste novo empenho, a Bíblia traduzida se tornou o principal instrumento. A árdua obra de tradução, que tantos anos tomou de sua vida, realizada unicamente por amor a Cristo, nenhuma vantagem financeira lhe trouxe e por cujo trabalho sempre recusou qualquer pagamento. Certamente a única compensação que desejava e por cujo motivo se sacrificara, ele a teve: ver nas mãos do povo a Palavra de Deus sendo lida, comentada, entendida e transformando, como instrumento do Espírito Santo, os corações dos pecadores.” (O Lar Cristão, Editora Concórdia, 1983, p. 62)
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