O começo do Colégio Presbiteriano Agnes Erskine

 

 Foto: Colégio Presbiteriano Agnes Erskine, Recife, Pernambuco

The Missionary Survey, Agosto de 1920, p. 503

“A Escola Evangélica Agnes Erskine foi aberta pela senhorita Eliza Reed em Agosto de 1904, na cidade de Recife, Pernambuco, uma das maiores cidades do Nordeste do Brasil. Quando, em 1906, a senhorita Reed foi obrigada a retornar para os Estados Unidos por conta de sua saúde, a senhorita Margaret Douglas chegou, em Agosto daquele ano, para trabalhar na escola, e ela, com o auxílio de professores brasileiros, tomaram conta da escola até o retorno da senhorita Reed. A senhorita Reed retomou a direção da escola em 1908 e continuou por quatro anos. Contudo, ao retornar da licença nos Estados Unidos,  assumiu outro trabalho no Nordeste do Brasil, e a direção da escola foi dada mais uma vez à senhorita Douglas no começo de 1913... Esta escola foi aberta num pequeno prédio alugado de adaptado de modo inadequado para tal propósito. O prédio ficava do lado direito da rua, e o barulho sufocava o trabalho da sala de aula. Não havia recursos suficientes para os espaços de lazer dos alunos. Contudo, a senhorita Reed trouxe consigo a experiência que teve em outra escola do Nordeste do Brasil, e apesar de todas as dificuldades, soube ganhar a confiança de muitos pais. Quando a senhorita Reed regressou dos Estados Unidos em 1912, depois de sua primeira licença, ela foi acompanhada pela senhorita Edmonia Martin, que permaneceu com esta escola até 1924, com exceção de dois anos gastos na escola de meninos desta missão em Garanhuns, no interior de Pernambuco. A senhorita Martin, com seu zelo e coragem em empreender novos e grandes planos, foi de grande ajuda em lançar a base daqueles primeiros dias. Em 1917, a senhorita Caroline Kilgore foi transferida do Carlota Kemper em Lavras para a Escola Agnes Erskine. Aqui tem trabalhado e desde então tem dado à escola suas muitas e variadas capacidades. Havia constante demanda em matricular alunos como internos, então, na parte inicial do ano de 1915, uma casa adjunta foi alugada para satisfazer então esta demanda. Quando deixamos este prédio, nos mudamos com dezoito alunos internos. Ainda tivemos que trabalhar contra muitas desvantagens, pois os prédios alugados não eram reparados pelos proprietários. Não havia eletricidade, a não ser três pequenos e fracos fogareiros a gás no primeiro andar, e nos grandes cômodos haviam lamparinas de querosene ou velas para serem usadas. Não havia ligação de água a não ser uma torneira no primeiro andar, e uma torneira escada acima. Não havia espaço para recreio. Compramos um prédio que foi a residência particular de um rico comerciante de açúcar. Foi necessário fazer muitas mudanças e melhorias neste prédio. Duas alas foram acrescentadas, e numa destas, no primeiro andar, fica a capela, e os dormitórios na segunda ala. No lado oposto, na outra ala do primeiro andar, fica a sala de jantar, e no segundo andar os dormitórios. Durante o tempo que a casa foi usada como uma residência privada havia uma longa ala nos fundos, usada como quarto de empregados, abrigo de carruagem, estábulo, etc. Todo este espaço foi transformado em salas de aula, com dormitórios no segundo andar.”

Trechos do artigo A dream come true – The story of Agnes Erskine Evangelical School de *Margaret Douglas publicado em The Presbyterian Survey, Setembro de 1940, p. 406


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*A senhorita Douglas foi uma missionária na área educacional e serviu na Escola Agnes Erskine, localizada em Recife, Pernambuco, Brasil, de 1906 até 12 de Junho de 1940. Nesta data, na véspera de seu regresso aos Estados Unidos, ela foi chamada ao lar celestial. (The Presbyterian Survey, Setembro de 1940, p. 406)


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