O compositor evangélico Robert Harkness (1881-1961)

 

Robert Harkness (1881-1961)  e esposa Ruth Langsford

The Australian Christian Commonwealth, 23 de Fevereiro de 1912, p. 3

Desanimados? Não, não, não! Desanimados? Não, não, não! Dores, tristezas, podem nos vir, com Cristo, alegres vamos sorrir. Desanimados? Não, não, não!”: esta canção é um grande clássico de Escola Dominical para crianças. O seu autor é Robert Harkness (1881-1961) que escreveu esta canção sob o título de Are we downhearted?. 

O jornal australiano The Mail de 13 de Março de 1915, p. 16, assim fez menção do aparecimento desta canção: “Essa música criou um grande entusiasmo na Inglaterra, onde é cantada, tocada e assobiada em mais de 500 campos militares.”

“O Sr. Robert Harkness, o pianista e escritor de hinos... é australiano e vivia em Bendigo... Ele conta que se converteu em sua bicicleta, e diz como isto aconteceu...: ‘... em Bendigo, Austrália, aceitei o Senhor Jesus Cristo como meu Salvador pessoal. Eu vivia um tipo de vida fácil, mas não caí nos vícios como alguns jovens fazem, e agradeço a Deus todos os dias da minha vida por ter sido criado num lar cristão e cercado de influência cristã. O Dr. Torrey e Sr. Alexander vieram a minha cidade natal de Bendigo em Junho de 1902. O secretário do Comitê de Missões veio até mim e me pediu que tocasse os acompanhamentos dos hinos, e, ainda que eu me opusesse às reuniões evangelísticas naquela época, pensei que isso agradaria os meus bons pais, então consenti... O Sr. Alexander fez algumas referências elogiosas a mim, o que me deixou desconfortável. Eu não era um cristão, e tive medo de que se ele continuasse daquela maneira, logo me envolveria nas reuniões. Ficaram de pé para cantar ‘Glory Song’, e eu estava determinado a mostrar meu descontentamento introduzindo algumas improvisações criadas por mim, e que não estavam no hinário, pensando que isso incomodaria o Sr. Alexander. Para minha grande surpresa, ele se virou para mim com um aceno de mão e um sorriso, e disse: ‘Tudo bem. Continue.’ As reuniões aconteciam todos os dias e eu mantive meu engajamento com o piano... No final da campanha, fui me despedir do Sr. Alexander. Ele disse: ‘Não diga adeus, você e eu nos veremos amanhã de manhã. Tentei arranjar desculpas para não ir, mas acabei por consentir. No dia seguinte, subi de bicicleta para vê-lo e, no decorrer de uma longa conversa, ele me instou a aceitar a Cristo, mas eu estava determinado a não aceitar. Ele me propôs que eu viajasse o mundo com eles para fazer o acompanhamento dos hinos nas reuniões. Não gostei muito à primeira vista, e discutimos a questão... Por fim, fiquei convencido e concordei em ir. Enquanto voltava para casa de bicicleta, comecei a pensar: ‘agora prometi dar a volta ao mundo com esses homens de Deus, tomando parte na condução da obra. O que farei a respeito de mim mesmo, se ainda não sou convertido? Não é melhor me converter primeiro?’ Não encontrei qualquer desculpa ou razão para arguir contra este pensamento, e ali na minha bicicleta entreguei meu coração a Deus.” (The Watchman, 11 de Abril de 1907, p. 5)

Sobre os seus pais Robert Harkness testemunhou: “‘Meu pai foi um pregador local metodista por bem mais de meio século. Como prefeito de Bendigo, por várias vezes, ele provou que sua profissão de fé cristã era uma realidade, mostrando isto por meio de sua forte posição a favor dos princípios de temperança e justiça. Minha mãe fez muito por mim, sendo fiel à sua Bíblia e à sua igreja. Não posso mensurar o tamanho do privilégio de ter pais assim.” (The Australian Christian Commonwealth, 23 de Fevereiro de 1912, p. 3)

Em 12 de Fevereiro d 1912 Robert Harkness se casou com Ruth Langsford. Harkness faleceu em 08 de Maio de 1961.


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