J. D. McEwen pregando em Orobó, Pernambuco

 

Extraído: Revista All Nations, Vol. IV, nº 37, Novembro de 1903, p. 11

“... Cargas e cargas de Bíblias vão longe carregadas em mulas de carga, até milhares de milhas em sua jornada. O colportor encontra pessoas ao longo de seu caminho pelo interior que nunca ouviram falar da Bíblia antes... Numa considerável cidade do interior da Bahia, vendi algumas caixas de Bíblias. Estive ausente um ano e, quando voltei, soube que o padre havia, numa grande festa, gritado: ‘Aquele livro da capa preta! Esse livro de capa preta! Queima! Traga para mim e eu vou te ajudar! ’. Os comerciantes e as pessoas sensatas guardaram suas Bíblias, mas alguns tolos e ignorantes saíram vasculhando ao redor à procura de cópias da Bíblia. Fui chamado por um crente à sua casa e ele me mostrou folhas queimadas e rasgadas do precioso Livro... que foram atiradas em seu quintal por vingança. ‘Num domingo à noite, tivemos um culto em Orobó. Pedras foram lançadas ocasionalmente no telhado. Nosso povo manteve-se em paz, mas quando dois tiros foram disparados do lado de fora da janela, não me surpreendi ao ver lágrimas nos olhos das queridas crianças. Levantamo-nos e cantamos o último hino com o vigor e a alegria habituais e, depois que pronunciei a Benção, houve uma grande partida para casa. Mas quando começamos a sair em grupos, as pedras começaram a zunir aqui e ali, até que um querido jovem de dezessete anos deu um grito e correu de volta para seu pai, dominado pela dor e indignação. Acertaram-no nas costas. Outro crente, que estava a cavalo, apeou e foi socorrer o rapaz. Uma multidão cercou e correu para o cavaleiro que apeou, e ainda outros, entre eles uma mulher, seguraram e contiveram os agressores, e o rapaz foi salvo do perigo.” (All Nations, Vol. IV, nº 37, Novembro de 1903, p. 11)

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