O Exército da Salvação na terra do Brasil

 

Ilustração: The War Cry, 12 de Fevereiro de 1944, p. 3

“O Brasil não é completamente uma terra missionária. Deveria ser uma terra cristã, mas há poucas pessoas que sabem ler e escrever e, por esse motivo, muitos não tem conhecimento da Bíblia... é difícil levar as pessoas para os salões de culto, por isso, o Exército de Salvação realiza muitas reuniões ao ar livre onde centenas de pessoas ouvem com grande interesse a mensagem do Evangelho e os cânticos. Com frequência almas são salvas nessas grandes reuniões ao ar livre. De fato, a maioria de nossos convertidos e soldados surgem das reuniões ao ar livre. Um dia, num parque em São Paulo, uma senhora idosa que participava com freqüências de nossas reuniões, veio à frente e entregou seu coração a Deus. Ela nunca tinha ouvido antes a história da Salvação, mas ouviu as palavras maravilhosas ditas numa reunião ao ar livre do Exército da Salvação. Nós a visitamos e descobrimos que ela morava numa casa onde outras quatro famílias também residiam. Uma passagem da Bíblia foi lida e explicada a eles, e oramos com ela. Depois de várias outras visitas, a senhora idosa perguntou se realizaríamos uma reunião em sua casa. Fizemos isso e descobrimos que ela havia reunido todos os seus vizinhos. Após esta reunião, eles começaram a assistir às reuniões em nosso salão de cultos e ficaram muito interessados. Mais tarde, tivemos o prazer de alistar a convertida, sua filha e genro como soldados. Com o passar do tempo, a filha e o marido tornaram-se oficiais do Exército Salvação, com a patente de capitães, e estão fazendo um bom trabalho no campo do Brasil. A mãe foi nomeada sargento e, com o marido e as outras famílias, frequenta regularmente as reuniões do Exército da Salvação. Um dia recebemos um chamado para visitar um paciente no hospital italiano. Encontrei um homem deitado muito doente, mas cujo sorriso de bem-vindo, ao ver meu uniforme, foi uma alegria de se ver. Ele me contou esta história: ‘Cinco anos atrás eu estava aqui em Campinas com minha esposa, que tinha deixado o hospital após uma doença grave. Descemos até a feira, vimos uma grande multidão e nos aproximamos para ver. Ouvimos cânticos, e alguém pregou o Evangelho. Enquanto ouvíamos, deram a oportunidade para qualquer um vir ao propiciatório. Minha esposa e eu ficamos profundamente comovidos e sentimos nossa necessidade do Cristo de quem ouvimos falar. De mãos dadas, fizemos nosso caminho em meio a multidão até a frente, e oramos juntos lá. No mesmo dia voltamos para nossa própria cidade. Uma das primeiras coisas que fizemos foi tentar encontrar o Exército da Salvação, para que pudéssemos nos unir a uma corporação, mas não havia nenhuma corporação na cidade. Nós, no entanto, encontramos uma pequena Igreja Presbiteriana, e fizemos dela nossa igreja espiritual. Ainda sentíamos que nosso trabalho para Deus era levar outros a conhecê-Lo, e oramos para que isso pudesse ser realizado. Começamos com nossa própria família, e agora, em vez de dois seguidores do Senhor, são doze de nós. Senti que deveria ver um oficial do Exército da Salvação uma vez mais, pois, depois de Deus, tenho que agradecer o Exército da Salvação por esta gloriosa experiência que veio às nossas vidas.’ Quando ele me contou esta história, percebi novamente a verdade das palavras: ‘Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás.’” (Trechos artigo BRAZIL - That Wonderful Country de autoria do Capitão P. Staveland, publicado no The War Cry, 12 de Fevereiro de 1944, p. 3)

 

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