The Presbyterian Survey, Novembro de 1944, p. 442
“Havia na parte rural do campo da Igreja Presbiteriana de Barretos um grupo de crentes conhecido como a congregação de Ressaca. Localizada a umas vinte milhas da cidade de Frutal, no Estado de Minas Geraes, os membros da congregação vivem nas duas margens de um riacho. Não era uma vila, era apenas um conjunto de casas numa fazenda, semelhante ao que é conhecido como colônia no Brasil. Esta foi uma seção difícil antes da entrada do Evangelho, um lugar conhecido por seu tumulto. O amor de Jesus Cristo transformou a comunidade à medida que a maioria se converteu e se uniu à igreja. A congregação cresceu até que havia quase cem nomes na lista. A frequência média na Escola Dominical era de cerca de cento e setenta e cinco. Em ocasiões especiais havia de trezentos a quatrocentos que lotavam o interior e o arredor da igreja. Essa congregação desapareceu quase da noite para o dia, por motivos econômicos. Alguns dos membros possuíam pequenas fazendas, mas a maioria eram arrendatários que trabalhavam para os grandes proprietários de terras. São semelhantes aos nossos meeiros. A terra tornou-se pobre, o cultivo tornou-se cada vez mais difícil. Os proprietários desencorajaram o uso do arado. Tudo isso fez com que as pessoas procurassem por campos mais verdes. O líder da congregação encontrou terra virgem há umas duzentas milhas descendo o rio, num lugar chamado Água Vermelha, e anunciou sua intenção de se mudar. Seus irmãos e irmãs disseram que iriam também, e os tios, tias e primos decidiram acompanhá-los. Então seus amigos e companheiros cristãos disseram: ‘Não queremos ficar sozinhos’, então foram juntos. A congregação se mudou: uns de caminhão, outros de carro de boi, outros à cavalo, e ainda outros foram a pé, duzentas milhas! A nova comunidade não era muito hospitaleira no início. O clima era diferente, a água era ruim. Doença, morte e tristeza atingiram o grupo. As crianças e os jovens pagaram o preço da adaptação do grupo a um novo ambiente. Os habitantes, aqueles que já moravam lá, não foram amigáveis. Eles não queriam Protestantes vivendo no meio deles. Cada obstáculo foi colocado no caminho deste valente grupo de cristãos. Mas, pela paciência persistente e com uma fé forte, eles venceram. Foram feitos ajustes físicos e sociais. Uma congregação foi estabelecida, os vizinhos se interessaram pelo Evangelho e alguns se converteram. Tudo isso foi feito pelos membros da congregação. Eles fizeram o melhor que podiam, o que era muito, mas precisavam de supervisão pastoral. Para onde deveriam se voltar? Um convite para uma visita foi enviado a um missionário, mas ele estava ocupado com seu campo regular. A nova comunidade estava além dos limites do presbitério da Igreja Presbiteriana da região, o que significava que não poderia haver ajuda daquela fonte porque os ministros daquelas igrejas já tinham mais do que podiam fazer. Foi nessa época que o Rev. Camilo Fernandes Costa foi colocado em Tanabi pela Junta Mista. Tanabi fica a umas cinquenta milhas da Água Vermelha, então o missionário entrou em contato com o Rev. Camilo e aconselhou a congregação a fazer o mesmo. Ele visitou Água Vermelha e viu o bom começo, ficou impressionado com a oportunidade e prometeu visitas regulares. “A Igreja que foi para o Oeste” estava sendo cuidada! O trabalho continua, pois o Rev. Josué França, sucessor do Rev. Camilo, está ministrando ao povo de Água Vermelha. Eles estão no meio de um programa de construção que ocupará todos os seus esforços. A congregação anseia pelo prédio que restou em Ressaca, mas enfrenta resolutamente a tarefa de erguer outro em Água Vermelha, incentivado e dirigido pelo seu pastor da missão local.” (The Presbyterian Survey, Novembro de 1944, p. 441 e 443)
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