Colportor Manuel Canuto Alves: “É com muita satisfação que sou capaz de contar a história da Bíblia em Gravatá. Fica a sete milhas abaixo de Bezerros, e tem uma ferrovia. O dinheiro que eu tinha em meu bolso era muito pouco, mas era o suficiente para me dirigir para lá, isso alguns anos atrás. Eu me abriguei, e falei com as autoridades, que me deram absoluta liberdade para ofertar a Bíblia durante os quatro dias que eu pretendia ficar lá. Depois de pedir as bênçãos do Pai Celeste, fui para a rua e, de porta em porta, comecei a oferecer as Bíblias. Eram agora três horas da tarde, e eu já tinha distribuído vinte Evangelhos. Um cavalheiro me perguntou: ‘Estes livros são bons?’ ‘Sim, eles contém histórias bíblicas.’ ‘E o padre? Posso mostrar para o padre lá na igreja?’ ‘Sim.’ O cavalheiro levou duas Bíblias para o padre que estava terminando uma cerimônia de casamento e estava já saindo da igreja. Direto ao ponto, sem averiguar ou perguntar como o homem obteve as Bíblias, o padre as tomou das mãos do cavalheiro e rasgou-as, dizendo: ‘Não apareça aqui na igreja com estas Bíblias falsas. Vá e devolva estas Bíblias para quem te vendeu. São livros condenados e não devem ser lidas. O homem ficou aborrecido pela maneira violenta que o padre agiu, e retornou, trazendo de volta para mim as Bíblias despedaçadas. Os olhos dos espectadores se voltaram para mim, e ouviram com muita atenção enquanto explicava que a maneira de evitar a heresia era lendo a Bíblia. A Bíblia nos conta do Salvador, e nos dá lições sobre a salvação, nos ensina a sermos bons cidadãos, e a respeitar a lei civil e divina. Os padres não deveriam acreditar que a Bíblia é falsa, primeiramente, porque é publicada por uma firma registrada, que não perderia sua reputação espelhando livros indignos de leitura... Nesta ocasião vendi cerca de vinte Evangelhos, e durante os três dias que permaneci lá, vendi cerca de sessenta Novos Testamentos e trinta e cinco Evangelhos. Três vezes tive a ocasião de retornar àquela cidade, e Deus abriu os corações de várias pessoas para o Evangelho. Hoje, naquela cidade há uma igreja com cento e vinte e cinco membros, e têm sido espalhados mais de quinhentos Evangelhos, Bíblias e Novos Testamentos. É bom ver que Deus que está fazendo daquela cidade um centro de forças evangélicas. Tenho recebido repetidos pedidos de Bíblias para aquela cidade.” (Bible Society Record, Setembro de 1924, p. 149)
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