Mary Jones e a Bíblia

 

Mary Jones

“... num pequeno vale no norte do País de Gales, bem sob a sombra da Montanha Cader Idris, lá vivia uma garota, a Mary Jones, que há muito amava a Palavra de Deus, mas que não tinha outra chance de ler a Bíblia senão quando ia à casa de um parente que ficava a duas milhas de sua casa. Por anos, tinha poupado todo o seu dinheiro, e, então, em 1800, ela viajou de sua vila em Llanfihangel até a cidade de Bala, 28 milhas de distância das montanhas, para comprar uma Bíblia. Infelizmente ela chegou tarde demais: todas as cópias da Bíblia foram vendidas. O piedoso ministro, a quem ela tinha recorrido, o Rev. Thomas Charles, tinha apenas alguns exemplares em sua posse, e todos foram vendidos. Profundamente comovido pelas lágrimas da garota, e pelo simples ato de piedade de sua história, o Sr. Charles deu a ela uma cópia que havia sido reservada para um de seus amigos, e Mary Jones retraçou sua longa jornada, feliz com o cumprimento do desejo de seu coração. Dois anos depois, este homem de Deus estava em Londres e contou a história acima. Ele insistiu que algo deveria ser feito para providenciar Bíblias em sua própria língua para os pobres do País de Gales: foi um apelo eloquente. Em meio ao murmúrio da conversa que se seguiu após o discurso dele, outra voz foi ouvida, a do Rev. Joseph Hughes, um ministro batista de Battersea: ‘Se é para o País de Gales, por que não ser também para todo o Reino Unido? Por que não ser para todo o mundo?’. Então começou a maravilhosa Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira. A Bíblia idêntica a que foi dada a Mary Jones pelo Sr. Charles está agora preservada na Casa da Bíblia em Londres.” (The War Cry, 17 de Dezembro de 1927, p. 5)