O Colportor Camillo Roig viajando de mula, passando pelas margens de um rio em Muriaé, Minas Gerais
Foto: Revista The Bible in the World, Vol. VII, 1911, p. 338
“No Estado de Minas Gerais, que é maior que a França e a Bélgica juntas, o senhor Camillo, um espanhol de caráter profundamente espiritual, vendeu cerca 2.300 cópias da Bíblia em distritos esparsamente povoados e remotos. Durante a estação chuvosa, Camillo Roig trabalha entre as cidades maiores e junto ao longo das ferrovias, reservando para a estação de seca as jornadas pioneiras mais difíceis e mais longínquas. Estas jornadas mais longas ele faz de mula, acompanhado também por outro colportor... Numa dessas viagens para vender Bíblias, que durou quatro meses no último ano, Camillo foi acompanhado por um membro da South Americam Evangelical Mission. Numa vila remota onde venderam um bom número de Bíblias na parte da manhã, foram cercados por uma turba, em sua maioria mulheres, armados com paus e facas. ‘Vieram tirar satisfação pelo dinheiro que gastaram com ‘livros falsos’.’ Graças a Deus, que, quando chegaram, tivemos palavras para dizer-lhes, com as quais foram vencidos. Então me permitiram ler, em voz alta, algumas porções das Escrituras. Selecionei partes que mostravam que há um Mediador, Jesus Cristo. Depois, li para eles sobre a virgem Maria. Isto acalmou completamente seus ânimos, e, ainda que começaram pedindo a nós que devolvesse o dinheiro deles, no final, se retiraram calmamente, dizendo: ‘Estes homens não são o que pensávamos que eram.’” O que fazia companhia para o senhor Camillo, escreve: ‘Dores do Turvo é uma vila grande... A maioria do povo é muito pobre, por isso não pôde comprar uma Bíblia. Uma senhora, que não pôde nem mesmo comprar um Evangelho, estava ansiosa em obter um Evangelho, então eu disse a ela: ‘Você troca uma galinha por dois Evangelhos?’. Ela ficou muito feliz... Em Piranga, o vendedor de Bíblias visitou o padre, ‘mas, depois que parti, o padre mandou um garoto andar pela vila a fim de reunir todas as Bíblias e Novos Testamentos que pudesse obter do povo. Algumas e Bíblias e Novos Testamentos que ocorreu do garoto encontrar, foram queimadas na porta da igreja...’ Em muitos lugares aqueles que leem a Bíblia são chamados de ‘Bíblias’...” (Trechos do artigo In present-day Brazil, part II, publicado na Revista The Bible in the World, 1909, p. 275-276)
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