“Estou seguindo a Jesus Cristo, deste caminho eu não desisto...”, famoso cântico evangélico, cuja autoria é atribuída a Sadhu Sundar Singh (1889-1929). No Brasil foi publicada a biografia intitulada “O apóstolo dos pés sangrentos” de autoria do reverendo presbiteriano Boanerges Ribeiro, que contribuiu para a preservação do legado de Sadhu Sundar Singh.
O testemunho de conversão de Sadhu Sundar Singh foi relatado por ele mesmo ao jornal australiano The Sydney Mail, de 25 de Agosto de 1920, p. 7 e 38:
“‘Em 16 de Dezembro de 1904... peguei uma Bíblia, derramei querosene sobre ela e queimei-a. Mas, as lições que a Bíblia ensinava não saíam da minha mente. Decidi cometer suicídio, deitando na linha férrea para deixar um trem me matar. Minha família estava contra mim, mas Cristo entrou em minha vida e dentro de mim, e, então, fui salvo do suicídio. Tinha perdido a segurança em qualquer tipo de fé até que Cristo veio a mim, numa visão. Acordei às 3 horas da manhã, tomei um banho frio e orei: ‘Se existe um Deus, mostre-me a salvação, e devotarei minha vida somente a Ele.’ O trem que me mataria chegaria às 5 horas. Às 4 e meia vi algo brilhando no meu quarto. Orei novamente e em meio ao brilho, vi o rosto do amoroso Salvador que nunca esperei. Ele me mostrou Suas cicatrizes, e Suas palavras penetraram em minha mente. Eu me levantei confirmado na fé como cristão, percebendo que Cristo estava em mim e eu Nele.’ Pregando entre seu povo e contando a eles sobre sua própria conversão, Sundar Singh fez muitos convertidos e muitos inimigos... O Tibete... tornou-se seu objetivo. Viajou sozinho, como faz em todos os lugares, apenas com uma muda de roupa e uma Bíblia, pois havia sido expulso de seu próprio povo sem um tostão. Doente e com delírios por causa do veneno que fora misturado na última comida que lhe foi dada em sua própria casa, chegou a uma casa de missão, onde foi muito bem cuidado e miraculosamente recuperou a saúde. Outras tentativas de assassinato foram feitas contra sua vida, mas sempre foi salvo... Das intervenções milagrosas que Sundar Singh experimentou pessoalmente, e de sua devota crença na eficácia da oração, nenhuma é mais notável do que uma que aconteceu com ele no Tibete. Sundar Singh estava pregando para budistas, e foi feito prisioneiro por sacerdotes. Suas próprias palavras explicam melhor: ‘Fui levado para uma floresta de teca... e amarrado a uma árvore... Eu tinha apenas um cobertor que foi tirado de mim. Eu fiquei lá o dia inteiro com fome e frio. Estava muito frio no Tibete... Por volta da meia-noite, pensei que chegara a minha hora, o momento em que morreria. Então, algo como fogo percorreu minhas veias e senti uma alegria espiritual. Toda sensação de frio e fome me deixou. Foi uma alegria maravilhosa, e dormi. Quando acordei, o sol quente estava brilhando sobre mim, e ao meu lado estava uma fruta doce que havia caído de uma árvore. Eu tinha sido acorrentado e amarrado em uma árvore, mas minhas correntes caíram. O próprio líder lama me trancou. Quando vieram, e viram que eu estava livre, e tinha comida, pensaram que algum policial tinha me soltado, mas havia apenas uma chave do cadeado, e o lama ficou com ela a noite toda. Eles perceberam que seu poder era vão contra Cristo, que me libertou, e me deixaram ir embora ileso.’
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