Missões da Igreja Morávia

 

“A Igreja Morávia desde sua tenra existência, ou, desde ao menos sua reorganização por Zinzendorf, uma igreja missionária par excellence. No final de seu primeiro período de jubileu, em 1782, esta igreja tinha 167 missionários e vinte e sete estações. Em 1832, as missões contavam 40.000 convertidos, 209 missionários, e quarenta e uma estações...” (The Christian Colonist, 19 de Maio de 1893, p. 8)

O Conde Zinzendorf era um homem riquíssimo, porém dedicou sua vida a Cristo. "... Conde Zinzendorf... quando ainda era estudante em Halle, sonhava com a possibilidade da propagação extensiva do Evangelho entre o povo não cristão do mundo. Em 1722, Zinzendorf deu refúgio em suas terras a um grupo de evangélicos perseguidos da Morávia, e logo tornou-se o líder espiritual destes descendentes espirituais de Huss. O resultado foi que Herrnhut, sua sede, tornou-se o centro dum esforço missionário sem paralelo na história da Igreja Evangélica..." (Revista Teologica, nº 30, Dezembro de 1962, p. 96)

“O trabalho de missão da Igreja Morávia no Cabo da Boa Esperança começou no ano de 1737, quando George Schmidt chegou à cidade do Cabo como seu primeiro representante na Colônia... Chegando à cidade do Cabo em 09 de Julho de 1737, George Schmidt e seus projetos logo se tornaram assunto corriqueiro nas conversas do povo. Em todas as sortes de círculos sociais, o missionário era zombado e ridicularizado... Logo que as notícias do batismo dos nativos chegaram à Cidade do Cabo, grande oposição se levantou... aqueles que não podiam suportar a ideia de que aqueles nativos deveriam ser considerados e tratados como seres humanos, conseguiram persuadir o Governador a proibir Schmidt de batizar. Então, obstruído em seu trabalho, o missionário voltou para a Europa em 1744, na esperança de que as negociações lá poderiam abrir o caminho para operações missionárias na Cidade do Cabo. A esperança foi em vão; nenhuma petição foi útil perante o Governo da Holanda, e o pequeno rebanho de convertidos, que crescera para quarenta e sete pessoas, e, após manterem-se juntos por um tempo, na esperança de que seu professor retornaria para eles, gradualmente se dispersaram ou morreram... Schmidt retornou para seu humilde chamado de jornaleiro, mas até o último dia de sua vida nunca perdera a esperança no eventual sucesso na Missão na África do Sul, e nunca desfaleceu de orar com frequencia por seus amados Hottentots... Neste entretempo, as opiniões de indivíduos influentes na Holanda e na Cidade do Cabo gradualmente se tornaram mais favoráveis ao esforço missionário, e antes mesmo da morte do fiel missionário pioneiro, no ano de 1785, apareceu uma luz fraca no horizonte que trouxe a promessa de um radiante amanhecer. Contudo, não antes de 1792 foi possível obter permissão para enviar missionários adiante para retomar o trabalho que fora abandonado quase meio século antes. Três homens foram selecionados para reassumir as operações. Na chegada deles à Cidade do Cabo, procederam logo para Baviansloof... e do pequeno grupo de cristãos, apenas um sobreviveu, que era uma idosa, meio cega, a Magdalena, que com lágrimas de alegria mostrou a Bíblia holandesa que foi dada a ela de presente por Schmidt, e se alegrou com a chegada de novos professores... em 1793, o batismo de vários novos convertidos tomou lugar...” (Revista All Nations, nº 22, Agosto de 1902, p. 145-147)

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