William Tyndale foi o tradutor da Bíblia para a língua inlgesa. “Do começo de sua vida, pouco se sabe. Ele provavelmente nasceu por volta de 1490, em algum lugar de Gloucestershire... Ainda jovem Tyndale foi enviado para Oxford... Tendo se formado... Tyndale removeu-se para Cambridge... Ali se aperfeiçoou em grego... Em 1521 Tyndale aceitou o posto como capelão de Sir John Walsh de Little Sodbury, Gloucester...” (The Bible in the World, Outubro de 1936, p. 147)
Por sua firme posição a favor da Bíblia, em Little Sodbury enfrentou muita oposição de dignitários do clero. Então, se retirou para Londres em 1523, mas lá descobriu que não haveria ajuda para poder traduzir o Novo Testamento para o inglês.
“No mês de Maio de 1524, Tyndale deixou a Inglaterra e foi para Hamburgo, para nunca mais retornar, e, em pouco mais de um ano, ele completou sua tradução do Novo Testamento. Sua próxima mudança foi para Colônia, uma cidade famosa por seus impressos, onde combinou com Peter Quentell para imprimir o Novo Testamento. As primeiras publicações de sua tradução, sendo impressas em Colônia ou em outro lugar, tomaram a forma de edições separadas dos Evangelhos de S. Mateus e S. Marcos. Infelizmente nenhuma única cópia destes ‘primeiros impressos’ sobreviveu. A impressão do Novo Testamento não procedeu além do fim de S. Mateus quando Tyndale e sua obra foram denunciados ao Senado de Colônia por um dos inimigos mais ferozes da Reforma, um homem chamado Dobneck, e mais progresso no trabalho de tradução foi proibido. Logo que as notícias deste ato chegaram aos ouvidos de Tyndale, ele correu para o impressor, arrancou as páginas já impressas, e fugiu de navio para Worms, uma cidade favorável ao seu propósito, uma vez que era a sede do Luteranismo... Ali o trabalho interrompido em Colônia foi recomeçado na tipografia de Peter Schoeffer, o filho de coração de Gutenberg, e pelo fim do ano de 1525 algumas das milhares de cópias do Novo Testamento foram distribuídas. Arranjos foram feitos mais uma vez para transportar estas cópias para a Inglaterra, embaladas no centro de fardos de algodão e outras mercadorias, em desafio às ordens do Rei e Wolsey, que fazia tudo o que estava em seu alcance para proteger a Inglaterra desta invasão pela Palavra de Deus... Depois de completar a tradução do Novo Testamento, Tyndale se concentrou em estudar Hebraico, para assim qualificar-se para tratar com os livros do Velho Testamento...” (The Bible in the World, Outubro de 1936, p. 148)
No ano de 1527, Tyndale achou melhor sair de Worms porque Wolsey queria capturá-lo. Foi para Marburgo onde passou cinco anos e continuou a tradução do Velho Testamento.
“Tendo terminado sua tradução do Pentateuco, Tyndale se mudou para a Antuérpia, onde, na tipografia de Johann Hoochstraten, sob a fictícia imprensa de ‘Marlborough,’ de 1530-1531, o Pentateuco foi impresso. Em 1534 republicou o Pentateuco e revisou sua tradução do Novo Testamento. Na Inglaterra, era proibido comprar, vender, ou possuir uma cópia do Novo Testamento de Tyndale.” (The Bible in the World, Outubro de 1936, p. 149-150)
Enquanto residiu na Antuérpia, Tyndale era hóspede de um cidadão muito influente, mas em Maio de 1535 ele foi preso, após cair numa armadilha arquitetada com a ajuda de Henry Phillips, um jovem rico que travou amizade com Tyndale.
Na saída de um jantar, ao qual Tyndale compareceu por convite de Phillips, o mesmo Phillips fez sinal para que prendesse Tyndale, então ele foi preso e levado para o castelo de Vilvoorde, distante umas oito milhas da Antuérpia, local que era a principal prisão estadual dos Países Baixos, onde Tyndale passou dezesseis meses de sua vida.
William Tyndale foi acusado de heresia, e o julgamento levou quase seis meses. Tyndale foi condenado à morte e a sentença foi passada em 12 de Agosto de 1536.
“Na Sexta-Feira, 06 de Outubro de 1536, Tyndale foi levado de sua cela para o local de execução. Sendo levado para a estaca, em forma de cruz, Tyndale requereu uns poucos minutos para oração particular. O pedido foi concedido, e ele orou: 'Senhor, abra os olhos do Rei da Inglaterra'...” (The Bible in the World, Outubro de 1936, p. 150)
William Tyndale foi estrangulado e queimado por ter dado ao povo inglês a Bíblia em sua própria língua.
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