Horatio Gates Spafford (1828-1888)
“Vários anos atrás, um navio a vapor deixou o porto de Nova Iorque para um porto europeu, tendo entre os passageiros a esposa de um advogado de Chicago e suas quatro filhas. A viagem estava chegando ao fim, e avistavam as costas da ‘Velha Inglaterra’, quando uma terrível catástrofe ocorreu: na escuridão um navio colidiu com o grande navio no Atlântico, e imediatamente começou a afundar... Uma a uma, suas preciosas joias foram varridas de suas mãos, embora a senhora tenha sido misericordiosamente preservada e resgatada várias horas depois por um navio que passava. Sabendo que a notícia do desastre logo se espalhara pelo Atlântico, a Sra. Spafford, ao alcançar a terra firme, despachou um cabograma para o marido dela. Ele tinha ouvido falar da perda do navio a vapor, com muitos dos passageiros, mas ainda não sabia nada sobre o destino de seus entes queridos. Com o coração trêmulo e a mão esmorecendo, abriu o envelope que continha a mensagem do telégrafo. O cabograma era curto, consistindo em apenas duas palavras. Seus olhos captaram a palavra ‘Salvo’, e seu coração se encheu de alegria arrebatadora. Ao olhar de relance novamente para a mensagem, ele percebeu a segunda palavra: ‘Sozinha’, e uma tremenda reviravolta de sentimentos seguiu-se. Num momento, estava cheio de alegria indescritível, e no momento seguinte estava esmagado pela tristeza... Apesar de tudo, ele foi capaz de sentar-se e compor o conhecido hino que começa assim: ‘Se paz a mais doce me deres gozar, se dor a mais forte sofrer; Oh, seja o que for, Tu me fazes saber que feliz com Jesus sempre sou!’” (The War Cry, 23 de Novembro de 1901, p. 15)
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