Um testemunho para Cristo

 

O pastor Vasili Pawloff nasceu em 1854 em Tíflis, atual cidade de Tblisi, Geórgia. Aos dezesseis anos de idade se converteu à fé evangélica após contato com batistas alemães. Chegou a ser eleito presidente da União das Igrejas Batistas Russas.

“O pastor Vasili Pawloff passou por grande sofrimento pelo Evangelho... Perseguido pelos pais, foi treinado para o ministério em Hamburgo. Retornando à Rússia, pregou o Evangelho pelas regiões do Don e do Volga, apoiado pela União Batista Americana. O grande sucesso de seus trabalhos o colocou sob o olhar vigilante dos oficiais russos, e em 1887 ele foi enviado para a Sibéria. Ali, foi mantido por um período de quatro anos, planejando pregar o Evangelho todo o tempo. Em sua soltura, voltou para sua casa em Tíflis, e algumas semanas depois de seu retorno foi chamado diante dos oficiais, que demandaram que ele assinasse um documento comprometendo-se a não pregar mais. Em sua recusa, foi jogado na prisão sem julgamento, e logo depois foi transportado para a Sibéria pela segunda vez. Desta vez, sua família se uniu a ele. Em menos de um ano, uma filha foi afogada, sua esposa e outros três filhos levados pela cólera. Na tristeza do exílio, ficou com seu filho, seu único filho remanescente. Durante esse exílio de quatro anos, continuou a pregar o Evangelho e, quando foi solto, deixou para trás uma igreja com cento e cinquenta membros. Sentindo que era inútil tentar pregar na Rússia, em seu retorno o Sr. Pawloff localizou-se em Tultscha na Romênia, do outro lado da fronteira. Ali, foi acompanhado por muitos que, como ele, tiveram a experiência da Sibéria por causa do Evangelho.” (Olive Trees, nº 05, Maio de 1899, p. 160)

“Quando em 1905 o czar concedeu a liberdade religiosa, Pawloff retornou a Tíflis e dedicou-se a trabalhar como pastor uma vez mais em sua amada igreja. A concessão da liberdade revelou o glorioso fato de que em toda a Rússia, especialmente no sul, existiam comunidades de batistas que, liberados do receio de penalidades, começaram livremente a proclamar Cristo e o resultado foi um grande despertamento espiritual. Odessa, de uma maneira muito notável, tornou-se o centro de um movimento evangélico, e, então, uma grande Igreja Batista russa foi formada e o Sr. Pawloff foi convidado a tomar conta desse novo desenvolvimento. Há dois anos, este trabalho se desenvolve sob os cuidados dele, e o interesse despertado transparece nas aglomerações, na piedade simples, radiante e fervorosa dos convertidos russos, nas indescritíveis reuniões de oração e nas manifestações demonstradas do Espírito de Deus, não apenas em Odessa, mas em todas as vilas ao redor do País. É uma característica notável, também, que muitos judeus tenham se convertido. Como era de se esperar, o inimigo não perdeu tempo. Tem que ser lembrado que em Junho do ano passado, 197 batistas russos que se reuniram numa colina nas proximidades de Odessa foram presos e arremessados na prisão porque a reunião não foi ‘autorizada’. O pastor Pawloff foi sentenciado a dois meses de prisão, o que lhe deu a oportunidade de pregar repetidamente aos outros prisioneiros e lhe deu tempo livre para estudar sua Bíblia hebraica. Nosso irmão foi eleito presidente da União das Igrejas Batistas Russas.” (Revista Missions, Abril de 1910, p. 261)

Comentários