Eunice Gabbi Weaver (1904-1969), esposa do missionário metodista Charles Anderson Weaver, realizou um grande trabalho de amparo aos que sofriam com a hanseníase no Brasil. “... dona Eunice Gabbi Weaver, que, sem ser médica ou política, se decidiu a tratar os 60 mil hansenianos do Brasil como entes humanos...” (Diário da Noite, nº 6037, 1ª seção, 06 de Novembro de 1957, p. 7)
Dona Eunice Weaver nasceu em 1904 na cidade de São Manuel, interior paulista. “Quando Eunice Gabbi crescia na cidade cafeeira de São Manuel do Paraíso, no Estado de São Paulo, era uma ocorrência comum caravanas de leprosos passarem junto à estrada, suplicando esmolas aos cafeicultores, que era o único meio de suporte dos desditosos sofredores.” (Américas, Vol. IV, nº 05, Maio de 1952, p. 17)
“Um dia, uma família inteira da vizinhança desapareceu repentinamente. Os pais de Eunice sempre discutiam o mistério, e ela se perguntava o que aconteceu com a garotinha da família que fora sua companheira de brincadeiras. Vários anos depois, quando uma caravana de leprosos chegou à cidade, o choro triste da caravana levou Eunice e sua mãe ao portão para jogar dinheiro para eles. O que elas viram mudou todo o curso da vida de Eunice. Uma das pedintes era a filha da vizinha, vítima de um tipo horrível de lepra na pele. A mãe de Eunice desmaiou ao vê-la e ficou tão doente que seu marido teve medo de que sua mente fosse afetada. Ele abandonou a fazenda de café e levou a família para a Argentina, onde permaneceram por dez anos.”
Quando a família de Eunice Gabbi retornou ao Brasil, ela se matriculou no curso de Enfermagem, de um hospital de São Paulo. Ela era enfermeira-chefe do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, quando conheceu o professor Charles Anderson Weaver, que dava aulas no Colégio União, um colégio metodista de Uruguaiana, Rio Grande do Sul. Ele era viúvo, e se apaixonou por Dona Eunice, então se casaram.
Quando foi residir com seu esposo no interior de Minas Gerais, Eunice Gabbi Weaver começou a se envolver no serviço de cuidado com os que sofriam com a lepra no Brasil.
“Durante longo tempo foi a presidente das Federações de Associações de Defesa contra a Lepra, e em todo esse período promoveu campanhas memoráveis para angariar fundos para o seu trabalho de maravilhoso sentido humanitário.” (O Jornal, nº 14790, 2º caderno, 13 de Dezembro de 1969, p. 4)
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