Miguel Ivanoff ou os martyres da Rússia

 


Miguel Ivanoff ou os martyres da Rússia é um clássico da literatura evangélica escrito pela renomada escritora inglesa Hesba Stretton (1832-1911). “A auctora diligenciou nesta obra, expor os princípios religiosos dos Stundistas e a inquebrantavel coragem com que elles os teem mantido. A palavra Stundista é derivada da palavra alemã Stunden, que significa ‘horas consagradas á leitura da Biblia’. Depois da abolição da escravatura na Russia, alguns camponezes do districto de Volga, dirigidos por um delles chamado Ratusny, começaram a reunir-se em pequenos grupos para lerem e estudarem a Biblia. Esses camponezes foram denominados Stundistas...” (O Christão, nº 187, Junho de 1907, p. 15)

A revista evangélica The Record, de Valparaíso, Chile, em sua edição de 04 de Junho de 1884, p. 14, assim reproduziu uma notícia sobre a fé dos estundistas na Rússia: “... um interessante despertar religioso profundo está acontecendo silenciosamente entre os camponeses, especialmente na parte sul do Império. Os personagens deste movimento religioso são pessoas que se reúnem em oração. Eles se reúnem para ler as Escrituras, cantar hinos e orar. Eles são chamados de Estundistas, e uma cidade onde eles se estabeleceram se distingue de outras cidades russas por sua limpeza e economia, a diminuição da embriaguez, o pagamento imediato de impostos públicos, a diligência, a frugalidade e a honestidade do povo... não apenas no Sul da Rússia, mas, em São Petersburgo e no norte dos Montes Urais, essas reuniões evangélicas foram estabelecidas.”

 

 Hesba Stretton (1832-1911)

Hesba Stretton é o pseudônimo de Sarah Smith. O pai dela era o Sr. Benjamin Smith, livreiro e editor, e a mãe dela faleceu quando a escritora tinha oito anos de idade. “Seu trabalho literário atraiu pouca atenção à primeira vista, até que na revista ‘Sunday at Home’ na seção Pages for the Young, durante o ano de 1866, apareceu em forma de série ‘A primeira oração de Jéssica’. É uma simples e comovente história escrita sobre o despertar religioso de uma menina desamparada das ruas de Londres. Publicado em forma de livro em 1867, ganhou imediata e duradoura popularidade, tendo mais de 1.500.000 cópias vendidas. Desde então, tem sido traduzido em cada língua européia, e na maioria das línguas asiáticas e africanas... A história foi recomendada pelo Conde de Shaftesbury, enquanto o Czar Alexandre II, da Rússia, libertador dos servos em 1861, ordenou que fosse colocado em todas as escolas russas. Este decreto, no entanto, foi revogado por seu sucessor, Alexandre III, que queimou todas as cópias desta história da senhorita Stretton.”

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