Robert Raikes: o fundador das Escolas Dominicais

 

 Robert Raikes (1735-1811)

“Robert Raikes, o fundador das Escolas Dominicais, também chamado de filantropo de Gloucester, nasceu em Gloucester no ano de 1735, e faleceu em 1811. O pai desse nobre homem era impressor e editor do Gloucester Journal, um jornal de destaque naqueles dias.” (The Sydney Mail, 19 de Junho de 1880, p. 1109)

Robert Raikes também era um evangelista, e visitava as prisões de Gloucester. Lá ele se deparou com as condições insalubres e deploráveis das prisões britânicas daquela época. Quando caminhava pelas ruas, ele via crianças e adolescentes perambulando pelas ruas, descalços, sem comida, à mercê de vícios e crimes. O Sr. Raikes temia que o único futuro que essas crianças e adolescentes poderiam ter, era as imundas cadeias inglesas.

Então, Deus colocou em seu coração a ideia de criar uma escola diferente, a Escola Dominical, em inglês, Sunday School, onde o ensino da Bíblia era o assunto principal. Então, em Julho de 1780, na cidade de Gloucester teve início à primeira aula de Escola Dominical. “A primeira escola dominical foi estabelecida na casa do Senhor King, em Julho de 1780. [...] Logo se viram os bons resultados que isto produzia: houve a diminuição da desordem nas ruas de Gloucester." (El Faro, nº 2, 1º de Fevereiro de 1885, p. 2)

 Rainha Charlotte (1744-1818)

Sua Majestade Rainha Charlotte (1744-1818), soberana do trono inglês à época, reconheceu a Escola Dominical como algo muito benéfico para a sociedade. A Rainha Charlotte convocou Robert Raikes para comparecer ao Castelo de Windsor e honras e reconhecimentos foram concedidos ao fundador da Escola Dominical.

A ideia da Escola Dominical prosperou, e do Reino Unido da Grã-Bretanha se espalhou pelo mundo. No ano de 1803, foi fundado em Londres, Inglaterra, a primeira União das Escolas Dominicais.

“Em 1800, em Gales, havia 147 Escolas Dominicais com 800 alunos. Em 1837, na Inglaterra, já se contavam treze mil escolas, cento e quarenta mil professores, e um milhão e quinhentos mil alunos. Uma estatística de 1910, apresenta a importante parcela de 16.334.661 membros." (A Reforma, nº 5, 1916, p. 6).