Arthur Francis Tylee (1896-1930)
Arthur Francis Tylee (1896-1930), missionário evangélico, em 1923, foi ordenado ao ministério pastoral na Igreja Batista da Lincoln Square, em Worcester, Massachusetts.
Os pais de Arthur F. Tylee o levava para a igreja desde pequenino, e ele frequentava regularmente a Escola Dominical. Ainda muito jovem, foi batizado, mas, em 1914, prosseguindo seus estudos no colégio, acabou cedendo às pressões de opiniões contrárias à fé, e se desviou. Em seu último ano de colégio, teve que se alistar no Exército, e foi para a França, no período da 1ª Guerra Mundial (1914-1918), e lá ficou até o fim do conflito. Após o período de serviço militar, no retorno aos Estados Unidos, Arthur F. Tylee matriculou-se no curso de Direito na Universidade de Harvard.
Arthur Francis Tylee se reconciliou com Deus, e voltou a frequentar regularmente a igreja. Em 1920, ao participar de uma conferência bíblica promovida pelo Instituto Bíblico Moody de Boston, sobreveio-lhe a chamada missionária.
Optando por estudar no Instituto Bíblico Moody de Chicago, Arthur F. Tylee foi comunicar a seu pai a decisão que tomou. O pai dele, o Sr. William Tylee ficou contrariado com a decisão do filho.
Após a graduação no Instituto Bíblico Moody, Arthur Tylee, em Maio de 1923, passou um tempo na Argentina e no Paraguai. Depois, já no território brasileiro, ele permaneceu em Ladário, Mato Grosso do Sul, onde aprendeu a língua portuguesa.
Em 26 de Junho de 1925, Arthur F. Tylee se casou em Corumbá, Mato Grosso do Sul, com a missionária Ethel Marian Canary (1894-1955).
Ethel Marian Canary (1894-1955)
Após o casamento, Arthur Tylee e Ethel Canary partiram para Juruena, Mato Grosso, e nesta cidade foi o cenário da tragédia que ceifaria a vida do missionário Arthur Francis Tylee e de outras pessoas, incluindo a vida e sua pequenina filha, Mariana, de apenas dois anos e quatro meses de idade.
Alguns índios da tribo Nhambiquara adoeceram, e na casa da missão evangélica da Inland South American Missionary Union de Juruena, atuava a enfermeira e missionária Mildred P. Kratz (1899-1930), que com muito desvelo cuidou dos índios doentes, mas infelizmente esses índios faleceram.
Alguns dos índios Nhambiquaras ficaram com raiva dos missionários, culpando-os do falecimento de membros de sua tribo.
Em 03 de Novembro de 1930, ainda de manhã, um grupo formado por cerca de quarenta índios Nhambiquaras apareceu, e invadiu a casa da missão onde estava o Reverendo Arthur Tylee, sua família, e outros irmãos, e atacaram sem piedade a todos os que estavam na casa.
Neste ataque faleceu o missionário Arthur F. Tylee, a pequena Mariana, filha dele e da missionária Ethel, a enfermeira Mildred Pauline Kratz, Maria Salomé, Maria Plácido, e o menino Cândido.
A Sra. Ethel Canary sobreviveu aos ataques, e mesmo ferida pelas pancadas que lhe deram, foi até a estação telegráfica que ficava a um quilômetro da Missão, onde foi socorrida pelos que lá estavam.
“A força indomável que impelliu o Reverendo Arthur Tylee, lá da sua terra natal ao sertão de Mato-Grosso, foi o amor, tão somente o amor áquelles mesmos que o trucidaram. Salvo por Jesus da morte do peccado, e sentindo seu coração abrasado pelo fogo do Espirito Santo, apresentou-se como voluntário á Missão encarregada de levar o Evangelho ás selvas, sendo, então, destacado para levar a Boa Nova da salvação aos Nhambiquaras.” (A Penna Evangelica, nº 220, 20 de Dezembro de 1930, p. 01)
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