Os estundistas eram um grupo de camponeses evangélicos da Rússia que se originou após a abolição da escravatura na Rússia, no distrito de Volga, sob a liderança do camponês Ratusny, que reunia outros camponeses em pequenos grupos para lerem e estudarem a Bíblia por algumas horas.
“A palavra Stundista é derivada da palavra alemã Stunden, que significa ‘horas consagradas á leitura da Biblia’”. (O Christão, nº 187, Junho de 1907, p. 15)
Desde 1870, os estundistas começaram a sofrer severa perseguição do governo russo e da igreja oficial do estado russo, pelo fato de lerem, e estudarem a Bíblia, o que foi considerado um ato criminoso.
Em 1891, o Czar russo publicou decreto recomendando que os governadores das províncias tomassem medidas repressivas contra os estundistas, alegando que seus ensinos ofendiam a igreja oficial da Rússia, da qual o Czar era o chefe.
Aos estundistas foi negado ocupar cargos de funcionário público, multas eram aplicadas, e prisões, por se reunirem para estudar a Bíblia e cantar louvores a Deus, além de pena de banimento para a Sibéria. Chegou-se à crueldade de retirar dos pais estundistas, a guarda de seus filhos menores, entregando-os aos cuidados dos sacerdotes da igreja oficial da Rússia para que crescessem longe dos ensinos evangélicos de seus pais.
A escritora evangélica inglesa Hesba Stretton (1832-1911) retratou a história dos estundistas no livro Miguel Ivanoff. O livro “Nadya: a tale of the russian steppes”, de autoria de Oliver M. Norris também narra a perseguição aos evangélicos estundistas na Rússia
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