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Annie d’Armond Marchant: Biblewoman no Brasil
Annie d’Armond Marchant
(1870-1963)
Existiu um
movimento evangélico intitulado Biblewomen, que era formado por mulheres de
diversas profissões que se dedicavam a sair de casa em casa, lendo a Bíblia, e
vendendo cópias das Sagradas Escrituras, assim como os colportores faziam. No
Brasil, o movimento Biblewomen ganhou o nome de Leitoras da Bíblia.
O movimento Biblewomen surgiu em 1857, e teve como
fundadora Ellen Henrietta Ranyard (1810-1879), que era membro da Igreja
Presbiteriana da Regent Square em Londres, Inglaterra.
Annie d’Armond Marchant
(1870-1963) foi uma “Leitora da Bíblia” no Brasil. No Annual Report of the American Bible Society de 1908, da
Sociedade Bíblica Americana, p. 127, foi registrado o seguinte sobre Annie
d’Armond Marchant: “O trabalho de visitação de casa em casa feito na cidade do
Rio de Janeiro pela senhorita Annie Marchant, acompanhada pela senhorita Annett
e outras, merece atenção especial. Elas visitaram durante o ano, 802 famílias
com o propósito expresso de torná-las interessadas na Palavra da Vida,
conversando por um tempo mais longo ou um tempo mais curto com 1.933 pessoas
sobre o Evangelho, e dispuseram de 688 cópias. Elas geralmente leem e explicam
passagens da Bíblia, e, em muitos lares, em especial, tem mulheres e crianças
para se juntarem a elas, em oração...”.
Na publicação da Sociedade
Bíblica Americana, intitulada Bible work
in Brazil, do ano de 1906, p. 13, a senhorita Annie Marchant é assim
lembrada: “A senhorita Marchant tem feito excelente trabalho no caminho de
leitura da Bíblia, bem como em colocar muitas Escrituras nos lares das
pessoas.”
Outra Leitora da Bíblia que se
destacou no Brasil foi a senhorita Maude H. Annett, que era inglesa, chegou no
Brasil em 1903. No relatório da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira The Hundred and Second Report, 1919, p. 380,
traz relataos de Maude H. Annett.
“O
exemplo a seguir demonstra como a senhorita Annett é recebida: ‘[...] Outra
mulher declinou de comprar uma Bíblia, dizendo que não sabia ler. ‘Eu posso
entrar e ler para você?’ ‘Não. Estou muito ocupada passando roupa com ferro à
brasa. Você não pode perder tempo.’ Depois consentiu, mas ficou calada e
despreocupada com seu ferro à brasa. Durante a leitura, que foi sobre a morte e
a ressurreição de Lázaro, demonstrou um aumento de interesse, até que parou de
trabalhar por completo e simplesmente escutou. Por último, desabou em lágrimas,
e me contou da morte de seu único filho que ocorrera poucas semanas antes. Esta
foi uma oportunidade almejada, e eu contei a ela sobre o amor do
Salvador.’”
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