Antonio Herrezuelo e Leonor de Cisneros

 

O encontro Leonor de Cisneros, e seu marido, Antonio Herrezuelo, antes da execução. Extraído de: ANDERSON, Rev. James. Ladies of the Refomation. Glasgow, Escócia: Blackie and Son, 1857, p. 642

Na Espanha, no século XVI, muitos se converteram à fé evangélica, e pagaram um alto preço, pois muitos foram mortos pela inquisição por seguirem os ideais da Reforma Protestante.

Entre os muitos espanhóis convertidos à fé evangélica no século XVI, estava o bacharel em Direito, Antonio Herrezuelo (1513-1559), e sua esposa Leonor de Cisneros (1536-1568), que foram queimados na fogueira, acusados de heresia pelo Tribunal do Santo Ofício, por seguirem a fé evangélica.

“No auto de fé celebrado pelo Santo Ofício de Valladolid, 21 de Maio de 1559, encontramos o bacharel ANTONIO HERREZUELO, um jurisconsulto muito erudito, e DONA LEONOR DE CISNEROS, sua esposa, uma senhora de vinte e quatro anos de idade...” (CASTRO, Adolfo de. The Spanish Protestants and their persecution by Phillip II. Londres, Inglaterra: Charles Gilpin, 1851, p. 100)

Antonio Herrezuelo tinha uma fé firme, e quando interpelado pelos juízes da inquisição, depois de ficar trancafiado nas celas secretas do Tribunal de Valladolid, na Espanha, ele se declarou Protestante, sem se preocupar com as consequências, e nem consentiu em entregar os nomes dos outros crentes quando os inquisidores lhe requereu.

Leonor de Cisneros, a princípio, não se manteve firme na fé, e abjurou as doutrinas evangélicas no dia do auto de fé que sentenciou seu marido.  

Antonio Herrezuelo ficou triste ao ver a abjuração de sua esposa, e ao passar por Leonor, vestida com trajes dos penitentes que renunciavam à sua fé, Herrezuelo lançou-lhe um olhar expressivo.

Antonio Herrezuelo foi queimado vivo, na fogueira, por não abandonar sua fé evangélica em 21 de Maio de 1559.

Leonor de Cisneros se arrependeu publicamente da renúncia pública que fizera da fé evangélica, e foi novamente encarcerada nas celas secretas do Tribunal da Inquisição.

Depois da morte de Antonio Herrezuelo, Leonor de Cisneros enfrentou oito anos de prisão, suportando humilhações e privações. Por fim, o auto de fé celebrado na cidade de Valladolid, em 26 de Setembro de 1568, condenou Leonor de Cisneros à morte na fogueira, e, assim como seu esposo, ela foi queimada viva na fogueira.

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