O Edito de Nantes e a liberdade de culto na França

 

Castelo de Nantes, França

Por meio do Edito de Nantes, assinado na França em 13 de Abril de 1598, pelo Rei Henrique IV (1553-1610), foi concedido liberdade de culto aos huguenotes (evangélicos franceses, em sua maioria, presbiterianos).

“O Edito de Nantes marca um importante passo na história da França, pois proclama o princípio da tolerância religiosa pela primeira vez na Europa.” (Le Courrier Australien, 31 de Maio de 1946, p. 10)

Sob a concessão de liberdade de consciência em vigor pelo Edito de Nantes, os huguenotes aumentaram em número, e passaram a dominar o comércio e a indústria em certos lugares da França.

Em 18 de Outubro de 1685, o Rei Luiz XIV (1638-1715) revogou o Edito de Nantes, declarando o seguinte: “Proíbo qualquer exercício dentro do meu reino da religião dos homens chamados reformados.” (The Washington Reporter, 17 de Agosto de 1938, p. 05)

Como consequência da revogação do Edito de Nantes, as igrejas huguenotes foram destruídas, a propriedade privada daqueles que seguiam os princípios de fé da Reforma Protestante, foram confiscadas, os homens huguenotes foram sentenciados a se tornarem remadores de galés (navios de guerra), e sentenciados à prisão.

Muitos huguenotes fugiram para países como Alemanha, Suíça, Inglaterra, e Holanda. A França teve prejuízos econômicos por causa disto, pois os huguenotes eram quem produziam mercadorias importantes para aquela Nação, além de exercerem ofícios como de advogados, juízes, médicos, tecelões, cientistas, e professores. 

A expulsão dos huguenotes da França chegou até nas Forças Armadas: clacula-se que foram expulsos 12.000 soldados, 900 marinheiros, e 600 oficiais, pelo simples fato de serem seguidores dos princípios de fé da Reforma Protestante.

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