Celio Curione: um pregador italiano

 

Celio Secondo Curione (1503-1569)

No ano de 1520, Celio Secondo Curione (1503-1569), de Piemonte, Itália, recebeu dos monges do Convento dos Agostinianos de Turim, Itália, escritos evangélicos que esboçavam ideais da Reforma Protestante.

Celio Curione era filho de Giacomino Curione e Charlotte de Montrotier. A mãe dele faleceu ao dar à luz a ele, e seu pai, faleceu quando ele tinha nove anos de idade.

Giacomino Curione possuía uma Bíblia, e ele colocou nas mãos de seu filho Celio Curione, quando estava à beira da morte.

Tocado pelos ensinos dos escritos evangélicos que leu, Celio Curione cultivou em seu coração, o desejo de ir à Alemanha ouvir pessoalmente expoentes das doutrinas da fé reformada, e compartilhou este anseio com seus amigos Giovanni e Francesco Guarino, que se prontificaram a ir com ele.

Na jornada para a Alemanha, um dos três jovens italianos, debateu com um dos moradores de Piemonte sobre as doutrinas da Reforma Protestante, este morador os denunciou a Bonifácio, prelado de Ivrea, que ordenou que Celio, Giovanni e Francesco fossem capturados. Então, quando os três amigos chegaram à Aosta, foram levados à prisão.

Celio Curione passou alguns meses na prisão, e foi solto. Os dois amigos de Curione também foram soltos, mas Celio Curione foi enviado ao Convento de San Benigno, para estudos supervisionados. Celio Curione fugiu deste Convento de San Benigno, e foi para Milão, Itália, e lá estudou Direito e foi professor.

No tempo em que esteve em Milão, a cidade foi assolada por fome e peste, mas Curione lá permaneceu e ajudou a distribuir comida para os mais necessitados. Ainda em Milão, no ano de 1530, Celio Curione se casou com Margherita Bianca Isacchi (1509–1587), e o casal teve nove filhos.

Retornando a Turim em 1536, a fim de resolver problemas do inventário de seu pai, defendeu Martinho Lutero (1483-1546) num acalorado debate com um clérigo dominicano, e este debate gerou uma nova prisão para Celio Curione, mas ele também fugiu, e foi parar em Salò.

Em 1538, Celio Curione lecionava na Universidade de Pavia, mas a perseguição do clero fez com que ele se refugiasse em Veneza.

De Veneza, Celio Curione foi para Ferrara, onde recebeu ajuda do professor Fulvio Morato, que se converteu à fé evangélica pela influência dele, e ainda recebeu amparo da Duquesa Renata da França (1510-1575), uma amiga dos protestantes.

Em 1541, Curione se encontrava trabalhando em Lucca, onde foi contratado como tutor, mas no ano de 1542, as autoridades civis avisaram que era necessário que ele fugisse de lá, pois o clero romano queria que ele fosse preso e levado para Roma. Curione então foi para a cidade de Pisa, onde trabalhou por um breve período como professor. Uma ordem veio da cidade de Roma, e foi enviada para a cidade onde estava Curione, e dizia para prender “uma pessoa terrível chamada Celio de Turim”. Celio Curione então abandonou a Itália e foi exilar-se na Suíça.

Celio Curione viveu na Suíça por muito tempo, e faleceu naquele país em 1569.

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