Uma jornada entre os índios Carajás

 

Frederick Charles Glass (1871-1960)

Em 1909, o colportor e missionário Frederick Charles Glass (1871-1960) fez uma viagem para a região dos índios Carajás, a fim de verificar se seria possível estabelecer uma missão evangélica na região do Rio Araguaia, onde habitavam os Carajás,  e, esta aventura pelo território dos Carajás foi registrada no livro “A thousand miles in a dug-out” de autoria do Sr. F. C. Glass.

 A thousand miles in a dug-out de Frederick Charles Glass

Em 1920, outra viagem que Frederick C. Glass fez pelo território dos índios Carajás, foi noticiada pelo One hundred and fourth Annual Report da Sociedade Bíblica Americana, publicado em 1920.

“O Sr. Glass fez durante este ano uma notável viagem ao longo da costa, de barco, pelas ferrovias, a cavalo, e cerca de 2.000 milhas em uma canoa, descendo o Rio Araguaia. Ele viajou ao todo, cerca de 6.000 milhas, e ocupou quatro meses. Seu objetivo era visitar uma tribo de índios conhecida como Carajás...” (AMERICAN BIBLE SOCIETY. One hundred and fourth Annual Report. American Bible Society: New York, Estados Unidos, 1920, p. 240)

Na edição nº 12, de Abril de 1915, da revista South America, p. 224, foi publicado o artigo “A welcome visitor” de autoria de Frederick C. Glass, artigo no qual o missionário F. C. Glass relata um pouco da história de um índio Carajá chamado Canali. O missionário Frederick Glass relata: “Foi dito que um índio Carajá tinha acabado de chegar na cidade... Eu não demorei muito para encontrá-lo e trazê-lo para minha casa... Seu nome é Canali... e ele vive nas margens de um pequeno tributário do Rio Araguaia, um pouco abaixo da Ilha do Bananal... Ele me disse que tinha uma pequena fazenda, sua mesmo, e até possuía alguns frangos, porcos, e um cavalo. Um extraordinário estado de prosperidade para um Carajá! Ao todo, ele passou cerca de dez dias conosco... Ele compareceu às nossas reuniões evangélicas, compreendendo um pouco de português, e manhã após manhã nos ajoelhamos juntos para pedir ao grande Deus dos Carajás para abençoar ele e sua esposa Wadaree, e trazer a eles e ao seu povo as bênçãos do Evangelho... Meu vocabulário Carajá recebeu apreciável adição e correção... Ele levou embora daqui muitos momentos de sua visita: um cobertor, roupa, canivete, chinelos, colares, etc., e comida para sua longa viagem para Santa Leopoldina...” (GLASS, F. C. A welcome visitor. South America, nº 12, Abril de 1915, p. 224)

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