Capa do livro de Saved at sea de Mrs. O. F. Walton
“Naufragio e salvamento” é a tradução em português do livro “Saved at sea” de autoria da escritora evangélica Mrs. O. F. Walton (1849-1939), cujo nome verdadeiro era Amy Catherine, que após se casar com o Reverendo Octavius Frank Walton (1844-1933) ficou conhecida como Mrs. O. F. Walton.
Mrs. O. F. Walton e seu esposo Rev. O. F. Walton
“Naufragio e salvamento” foi publicado aqui no Brasil no jornal Imprensa Evangelica no ano de 1887, a partir da edição nº 26, de 18 de Junho de 1887, p. 195. “Naufragio e salvamento” narra a história de Alexandre Fergusson, cujo apelido era Sandy, e ele era o faroleiro que morava com seu neto Alick num farol. Neste farol também morava a família de Jayme Millar.
Alick foi criado pelo seu avô, pois sua mãe Alice faleceu, e seu pai partiu num navio e nunca mais mandou notícias.
Num dia de tempestade, Sandy, Alick e Jayme Millar foram prestar socorro a um navio que se chocou num rochedo. Mas, como o mar estava muito revolto, foi difícil para eles chegaram ao navio prestes a naufragar. Ao se aproximarem do navio, quando as ondas já estavam mansas, um dos passageiros arremessou ao barco dos faroleiros uma criança embrulhada num cobertor, e foi apenas a criança que pôde se salvar do naufrágio.
A pequena criança, uma menina de apelido Timpey, cujo nome de verdade era Lúcia, se acostumou a morar no farol, na casa de Alick, e sempre orava assim com Alick, repetindo uma oração que começava assim: “Jesus, pastor amado, juntos eis-nos aqui...”.
Sandy, avô de Alick, possuía uma Bíblia guardada sobre uma cômoda como um objeto de ornato, mas não abria a Bíblia para ler e meditar em seus ensinos.
O avô de Alick escreveu uma carta para os marinheiros que cuidavam dos restos do navio Victoria que naufragou para ver se alguém sabia de algum parente da menina Timpey.
Dois responsáveis pelo Navio Victoria visitaram o farol onde Alick, o seu avô, e o Sr. Jayme moravam para ver a menina Timpey e avisar ao Sr. Alexandre Fergusson que na lista de passageiros não existia nenhum sobrenome Villiers, que era o sobrenome do pai de Timpey.
O Sr. Davis, um dos responsáveis pelo Navio Victoria antes de ir embora perguntou aos moradores do farol se eles estavam sobre a rocha, porém não compreenderam o sentido espiritual da pergunta. O Sr. Davis antes e embarcar no navio deixou para Alick um bilhete com um trecho do hino Solid rock, uma composição de Edward Mote (1797-1874), que dizia assim: “Em Christo, Rocha solida, confio; o mais é tudo areia movediça.”
O pai de Alick, que se chamava David apareceu no farol como funcionário público, para o cargo de faroleiro que ficou vago por causa do falecimento de Jayme Millar. David explicou a seu pai que nunca pôde escrever, pois o navio que ele partiu naufragou, ele conseguiu escapar, junto com alguns companheiros, e chegaram à praia da China, e lá ficou cativo, até que os chineses, depois de muitos anos, foram obrigados a entregar os cativos estrangeiros em seu poder.
O Sr. Davis conseguiu localizar o Sr. Eduardo Villiers e sua esposa, que eram os pais de Timpey, e vieram buscá-la, e ofereceu cuidar dos estudos, e ajudar Alick a ter um bom emprego, e para isto ele foi embora do farol, com consentimento de seu pai e de seu avô.
As palavras do avô de Alick quando ele partiu do farol para estudar sob os cuidados do Sr. Eduardo Villiers, foi: “Alick, meu filho, conserva-te sobre a Rocha. Olha, não largues a Rocha!” (IMPRENSA EVANGELICA, nº 41, 08 de Outubro de 1887, p. 323)
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