Frederico da Saxônia: o protetor de Martinho Lutero

 

Frederico da Saxônia (1463-1525)

Frederico da Saxônia (1463-1525), em 1502, inaugurou a Universidade de Wittenberg, e convidou Martinho Lutero (1483-1546) e Philipp Melanchthon (1497-1560) para lecionarem lá.

No ano de 1521, Martinho Lutero, foi julgado perante o poder secular na chamada Dieta de Worms. Lutero foi a julgamento por causa de seus escritos, que versavam sobre ensinos bíblicos, e críticas ao papado.

Ao sentir-se ofendido, o clero da igreja romana queria que Martinho Lutero fosse julgado em Roma, Itália, entregue ao poder eclesiástico papal, onde não haveria quem socorresse Lutero das atrocidades que foram planejadas contra a vida do reformador.

Frederico da Saxônia, príncipe eleitor e primeiro príncipe protestante da Alemanha, interveio, e assim Martinho Lutero pôde ser julgado na Alemanha, onde teve direito de defesa perante a Dieta de Worms.

A ajuda de Frederico da Saxônia a Martinho Lutero foi além do julgamento de Worms, pois Martinho Lutero recusou a se retratar de seus escritos, proferindo as célebres palavras: “Refutai-me, pois, e convencei-me pelo testemunho das Santas Escrituras, em argumentos claríssimos, do contrario não posso e não quero retratar-me, pois não é seguro nem prudente agir contra a consciência. ’” (PEREIRA, Eduardo Carlos. O Problema Religioso da America Latina. Empresa Editora Brasileira, 1920, p. 29-30). Com a recusa de retração, Martinho Lutero deixou o recinto de julgamento, e não ouviu a severa sentença do Edito de Worms que o considerou um fora da lei, réu de lesa-majestade, herege, permitiu-se ainda que qualquer cidadão pudesse capturá-lo e matá-lo, sem consequências penais e cíveis, além de permitir que, qualquer juiz, independentemente de jurisdição, ordenasse a prisão de Lutero aonde o reformador fosse encontrado.

Frederico da Saxônia ouviu a sentença de Worms, e ordenou a seus soldados que encontrassem Lutero, e o levassem para seu castelo em Wartburgo. E, escondido no Castelo de Wartburgo foi que Lutero traduziu o Novo Testamento para a língua alemã.


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