Hesba Stretton e os estundistas

 

Hesba Stretton (1832-1911)

Hesba Stretton (1832-1911), famosa escritora evangélica inglesa, utilizou os estundistas como temas de livros de sua autoria como “Miguel Ivanoff ou os martyres da Russia” e “The highway of sorrow”.

No livro “The highway of sorrow”, Hesba Stretton assim narrou um culto estundista:

“Agora, no escuro crepúsculo daquela bela noite, um pequeno grupo de estundistas se reuniu para orar e estudar a Bíblia. Havia de quinze a vinte pessoas presentes, homens e mulheres sérios e quietos, que não pediam nada além de serem deixados em paz para adorar a Deus, sem que ninguém os amedrontasse. A leve perseguição que eles tinham até agora se deparado, tinha apenas tendido a aproximá-los, e a dar-lhes aquele fervor de espírito que parece ser o dom especial de Deus para aqueles que sofrem por causa da justiça. Quantas vezes disseram uns aos outros: ‘ Bem-aventurados sereis quando os homens vos aborrecerem, e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do Homem. Folgai nesse dia, exultai, porque é grande o vosso galardão no céu...’” (STRETTON, Hesba. The highway of sorrow. THE METHODIST, 23 de Maio de 1903, p. 08)

Os estundistas eram um grupo evangélico da Rússia que sofreu severas perseguições por causa de sua fé. “A palavra Stundista é derivada da palavra alemã Stunden, que significa ‘horas consagradas á leitura da Biblia’”.  (O CHRISTÃO, nº 187, Junho de 1907, p. 15)

Em 1891, o Czar russo editou um decreto, ordenando que os governadores das províncias russas tomassem medidas de repressão contra os estundistas, alegando que os mesmos propagavam ensinos contrários à religião oficial da Rússia.

Além de serem condenados a multas e exílio na Sibéria, os estundistas também eram proibidos de ocuparem cargos no funcionalismo público, tinham seus filhos tomados e entregues aos sacerdotes da igreja oficial da Rússia, e também sofriam pena de prisão.

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