Arthur F. Tylee e Ethel M. Canary: unidos pelo amor e pelo chamado missionário

 

Ethel M. Canary e Arthur Tylee. Foto: New Castle News, 15 de Novembro de 1930, p. 05

Arthur Francis Tylee (1896-1930), jovem missionário que chegou ao Brasil em 1923, para trabalhar entre os índios Nhambiquaras, na estação da Inland South American Missionary Union, em Juruena, Estado de Mato Grosso. Ainda no ano de 1923, Arthur F. Tylee foi ordenado ao ministério pastoral na Igreja Batista da Lincoln Square, em Worcester, Massachusetts, Estados Unidos.

Quando Arthur F. Tylee estudava no Instituto Bíblico de Chicago, nos Estados Unidos, ele conheceu a jovem estudante Ethel Marian Canary (1894-1955), que também se preparava para ser missionária. Arthur e Ethel se apaixonaram, mas só se casaram no Brasil, no ano de 1925, em Corumbá, Mato Grosso do Sul, e depois, recém-casados, eles foram para Juruena, à época um lugar remoto, com poucos recursos de conforto e comodidade.

“Tylee, um graduado do Colégio Amherst, e Ethel Canary eram estudantes no Instituto Bíblico Moody... quando se encontraram e se apaixonaram. Ela é presbiteriana e ele, um batista...” (St. LOUIS POST-DISPATCH, 30 de Novembro de 1930, p. 04)

Em 03 de Novembro de 1930, uma tragédia sobreveio: um grupo de índios Nhambiquaras invadiu a casa da missão evangélica onde residiam Arthur Tylee e sua família. Esta invasão violenta terminou com os índios ceifando a vida do missionário Arthur Francis Tylee, da filha do casal Tylee, a pequena Mariana, com menos de três anos de idade, bem como foi ceifada a vida da enfermeira e missionária Mildred P. Kratz e também foi ceifada a vida dos brasileiros natos Maria Plácido, Maria Salomé, e do menino Cândido, que tinha uns nove anos de idade.

A única sobrevivente da tragédia de Juruena, foi Ethel Canary, pois quando estava desacordada, caída no chão, os índios acharam que ela tinha morrido com as pancadas que ela levou, e, por isso fugiram, porém nunca foram punidos pela justiça brasileira pela atrocidade que cometeram.

O ataque que este grupo de índios Nhambiquaras cometeram, foi pelo fato de uns indígenas de sua tribo terem morrido depois de terem recebido tratamento médico no ambulatório da missão.