James Chalmers: um missionário nas ilhas do Oceano Pacífico

 

James Chalmers (1841-1901)

James Chalmers (1841-1901), missionário escocês, passou várias décadas em serviço missionário entre os nativos da Papua Nova Guiné, onde havia canibais. Em Abril de 1901, os nativos mataram os missionários James Chalmers e Oliver Fellows Tomkins (1873-1901), James Walker e outros nove estudantes da missão.

“Notícias chegam notícias da Austrália de que um crime horrível foi cometido na Ilha da Nova Guiné. Rev. James Chalmers e seu jovem colega, o Rev. Oliver Tomkins, com dez estudantes nativos, foram assassinados no rio Fly. [...]. O Sr. Chalmers tinha sessenta anos [...]. Ele era escocês, filho de pais humildes [...] Ele estudou no Cheshunt College e, após a formatura, foi nomeado para o campo em que John Williams sofreu martírio. Ele naufragou duas vezes, e quase se afogou, antes de chegar às ilhas dos Mares do Sul. Dez anos ele passou em Rarotonga, aprendendo as línguas das tribos, e ensinando nas escolas. Depois ele foi para a tribo selvagem de canibais da Nova Guiné [...] Quase nada se sabia sobre a Nova Guiné quando Chalmers foi para lá em 1877. Ele pesquisou a costa, adentrou o interior, e fez amizade com todos os chefes nativos. [...]. Quando, finalmente, ele teve a oportunidade de batizar seus três primeiros convertidos, sua alegria parecia estar completa. Depois vieram mais, e gradualmente um grande grupo foi organizado em uma igreja. Chalmers traduziu mais de duzentos hinos para o dialeto nativo. [...].” (THE CHRISTIAN HERALD, 22 de Maio de 1901, p. 472)

Antes de partir para a Papua Nova Guiné, James Chalmes esteve em serviço missionário em Rarotonga, nas Ilhas Cook.

James Chalmers assim descreveu como nasceu o seu chamado missionário:

“Nossa aula de Escola Dominical foi ministrada na capela, como sempre. A lição terminou e marchamos de volta para a capela para cantar, responder perguntas, e ouvir um breve discurso. O Sr. Meikle anunciou que ele ia ler para nós uma carta interessante de um missionário em Fiji. A carta foi lida. Falou do canibalismo e do poder do Evangelho. E no final da leitura, olhando por cima dos óculos, e com os olhos úmidos, ele disse: ‘Eu me pergunto se há algum garoto aqui nesta tarde, que também se tornará missionário, e, aos poucos, levará o Evangelho aos canibais?’ E a resposta do meu coração foi: ‘Sim, Deus me ajude, e eu serei missionário. Fiquei tão impressionado que não falei com ninguém, mas fui imediatamente para casa. A impressão ficou maior quanto mais avançava, até chegar à ponte sobre o Rio Aray. Lá atravessei o muro ligado à ponte e, ajoelhando-me, orei a Deus para que me aceitasse e me fizesse um missionário entre os pagãos.’” (THE METHODIST, 03 de Dezembro de 1904, p. 10)

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