Martin Luther King: profeta de uma Nação

 

Martin Luter King Jr. (1929-1968), capa da revista Messenger Church of the Brethren, 25 de Abril de 1968

Martin Luther King Jr. (1929-1968), pastor batista, liderou a luta pelos direitos civis dos negros norte-americanos, e, por causa desta luta ele foi assassinado em 04 de Abril de 1968, em Memphis, Estado do Tennessee.

Martin Luther King nunca escreveu livros, porém seus discursos em prol dos direitos civis dos negros são lembrados até os dias atuais, principalmente o discurso “I have a dream” (Eu tenho um sonho), um discurso proferido em 28 de Agosto de 1963, em Washington, capital dos Estados Unidos. Em certa parte do discurso, Luther King disse: “‘Eu tenho um sonho hoje’... Com esta fé seremos capazes de trabalharmos juntos, permanecermos juntos pela liberdade, sabendo que seremos livres um dia...” (WORONI, 18 de Abril de 1968, p. 06)

No dia 03 de Abril de 1968, um dia antes de sua morte, Martin Luther King proferiu o seu último discurso conhecido como “Eu estive no topo da montanha” (I’ve been to the Mountaintop), no templo evangélico Bispo Charles Mason, em Memphis, e cita o trecho inicial do hino “Vencendo vem Jesus”, que em português se inicia assim: “Já refulge a glória eterna de Jesus, o Rei dos reis...” (Mine eyes have seen the glory of the coming of the Lord).

O editorial “Who was he?” (Quem foi ele?), da revista evangélica Messenger Church of the Brethren, edição de 25 de Abril de 1968, s. p., traz a seguinte homenagem ao Reverendo Martin Luther King Jr.:

“Ele foi o Moisés do seu tempo. [...] Mas, como Moisés, King não atravessou para a terra prometida. Quem foi ele? Ele foi o Isaías do seu tempo. No ano de 1963, com 200 mil pessoas aos pés do Memorial Lincoln, ele teve uma visão: ‘Eu tenho um sonho... É um sonho profundamente enraizado no sonho americano... Eu tenho um sonho que um dia, nas colinas vermelhas da Geórgia, filhos de ex-escravos e filhos de antigos proprietários de escravos, sentar-se-ão juntos à mesa da fraternidade... Tenho um sonho de que meus quatro filhos pequenos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter...’ [...] Quem era ele? Ele foi o Jeremias do seu tempo. Ele acreditou na paz, ele viveu para a paz. Diante da violência, ele não foi violento. [...] Quem foi ele? Ele foi o Amós de seu tempo. Para um povo próspero e de coração duro, mais sintonizado com os valores de propriedade do que com os valores humanos, mais espiritual e cumpridor da lei do que justo e compassivo, ele implorou: ‘Corra, porém, o juízo como as águas, e a justiça, como o ribeiro impetuoso.’ Quem foi ele? Ele foi a igreja primitiva de seu tempo. Ele estava na prisão: lá ele cantou, lá ele orou. [...] Quem foi ele? Ele foi um homem com um nome apropriado à sua vida. Martinho Lutero. Ele trouxe uma nova reforma para a igreja, para a sociedade. [...].”

Comentários