William Knibb: missionário e abolicionista

 

Missionário William Knibb (1803-1845)

William Knibb (1803-1845) foi um missionário batista, que contribuiu com a abolição da escravidão na Jamaica no ano de 1838. William Knibb nasceu em Kettering, na Inglaterra, e trabalhou como aprendiz de tipógrafo em Bristol, na Inglaterra, quando tinha doze anos de idade. Em 1822, William Knibb se converteu ao Evangelho numa Igreja Batista.

“Começando a vida como aprendizes de tipógrafo, William e Thomas Knibb, seu irmão, foram conduzidos a Cristo por seu empregador, o Sr. J. G. Fuller, que também era o superintendente deles na Escola Dominical. Como resultado dos cuidados do Sr. Fuller, Thomas ingressou na Sociedade Missionária Batista e foi, como missionário, para a Ilha da Jamaica, onde morreu de malária três meses após sua chegada em 1823. Isso inspirou William a sair e ocupar o lugar de seu irmão.” (THE NARRACAN SHIRE ADVOCATE, 25 de Julho de 1952, p. 04)

William Knibb e sua esposa Mary chegaram à Jamaica em 12 de Fevereiro de 1825, e ele abriu uma escola, que atendia crianças filhas de escravos.

William Knibb se incomodava cada dia com a situação lastimável que os seres humanos escravizados eram submetidos.

Em 1830, Sam Swiney, um escravo que era diácono da Igreja Batista de Savanna La Mar, com a permissão de seu senhor, foi visitar seu pastor William Knibb, que estava doente. Junto com outros membros da igreja, Sam Swiney começou a orar pela recuperação de seu pastor.

Senhores de escravos, enraivecidos, denunciaram Sam Swiney por perturbação do sossego da vizinhança, e ele foi condenado a 20 chibatadas nas costas, e teve que trabalhar preso a correntes, durante duas semanas.

William Knibb defendeu publicamente Sam Swiney, e isto lhe causou a oposição dos senhores de escravos, que passaram a odiá-lo. Ele também escreveu para os jornais ingleses narrando a história do diácono Sam Swiney, e leitores lhe enviaram donativos para ele comprar a liberdade de Sam Swiney.

No Natal de 1831, uma revolta de escravos tomou lugar no oeste da Jamaica. Os senhores de escravos logo acusaram William Knibb de incitar a revolta dos escravos. William Knibb foi preso, e depois solto com o pagamento de fiança.

Os senhores de escravos cheios de raiva, incendiaram as capelas evangélicas, incluindo a capela batista de Falmouth, onde William Knibb era ministro.

Pela onda de violência levantada contra os locais de culto evangélico, muitos missionários resolveram deixar a Jamaica, mas William Knibb insistiu em ficar. Senhores de escravos extremamente revoltados, e armados, resolveram removê-lo à força da Jamaica. Mary, esposa de Wiliam Knibb, juntamente com os filhos deles, buscou abrigo num órgão governamental, e William Knibb foi levado sob custódia protetora do Governo jamaicano, e assim pôde, em 1832, embarcar de volta para a Inglaterra. Na Inglaterra, William Knibb pregou publicamente contra a escravidão.

A abolição da escravidão na Inglaterra veio no ano de 1807, quando o Parlamento inglês aprovou o projeto de lei do parlamentar evangélico William Wilberforce (1759-1833).

Em 1834, William Wilberforce (1759-1833) retornou à Jamaica, trazendo consigo donativos para reconstruir as capelas destruídas em 1831 pelos senhores de escravos revoltados.

Em 31 de Julho de 1838, William Knibb ministrou um culto em sua igreja, para celebrar a assinatura da lei que garantiu a liberdade aos escravos.

Durante os 21 anos de serviço missionário na Jamaica, William Knibb batizou mais de três mil pessoas.

“Entre as pessoas que ele tanto amava, Knibb morreu alguns anos depois. Ele tinha apenas 42 anos quando faleceu. ‘Não tenho medo de morrer’, disse ele, ‘pois o sangue de Jesus Cristo purifica de todo pecado. Esse sangue é minha única confiança.’” (THE NARRACAN SHIRE ADVOCATE, 25 de Julho de 1952, p. 04)

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