John McPherson Lander (1858-1924) foi um missionário metodista, e foi o fundador do colégio metodista Granbery na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Em 1889, o Rev. John M. Lander e sua esposa Sallie Thompson Hall Lander (1862-1951) chegaram no Brasil.
Sallie Thompson Hall Lander (1862-1951)
Foto: World Outlook, Março de 1933, p. 96
No artigo "After fifty years" de autoria Sallie T. Hall Lander, que foi publicado na revista World Outlook, Janeiro de 1940, p. 07 e 40, ela narrou assim a chegada dela e de seu esposo ao Brasil:
"Justamente cinquenta anos atrás, o Bispo Granbery pediu ao meu marido, o Rev. John M. Lander, para ir para Juiz de Fora, Brasil, estabelecer uma escola para meninos. A ideia principal era treinar jovens para o ministério. Naquele tempo, não havia pregadores brasileiros ordenados em nossa missão.
Nossa jornada para o Brasil foi cercada de dificuldades. Em nosso trajeto da Carolina do Sul para Nova Iorque, nós fomos atrasados, pois o tráfego ferroviário foi paralisado pela enchente de Johnstown. Finalmente chegamos a Nova Iorque em tempo de pegar o navio americano Aliança. Lá, soubemos que a Srta. Clara Cushman, que deveria nos acompanhar, foi afogada em Johnstown.
Agora a viagem de navio de Nova Iorque para o Rio requer apenas doze dias. Mas, ficamos no navio trinta e três dias. Nosso navio parou em vários portos para carga e passageiros. Em Pernambuco, pegamos uma carga de algodão, e isso foi desastroso. Acham que alguém deixou cair um cigarro entre os fardos, acidentalmente, é claro.
Quando estávamos no mar por volta das dez horas de um Domingo à noite, foi dito aos passageiros que o navio estava em chamas, e que todo mundo deveria entrar nos botes salva-vidas. O carregamento foi realizado com desordem e má administração. Nós e vários outros missionários fomos colocados no último bote salva-vidas com tanta pressa, que nosso pequeno barco mal vedado ficou emaranhado com cordas e logo fomos jogados no mar. Meu marido caiu enquanto tentava cortar as cordas. Passamos uma noite aflitiva. O perigo dos botes salva-vidas virarem era quase tão grande quanto permanecer em um navio em chamas.
Desembarcando no Rio de Janeiro, em 15 de Julho de 1889, fomos recebidos por quase todos os missionários. Eles se reuniram para a segunda reunião da Conferência Anual. Os irmãos Kennedy, Tarboux, Wolling, Dickie e suas esposas, com dois solteiros, Tucker e Tilly, nos encontraram. As senhoritas Bruce, Marvin, Jones e Granbery nos aguardavam como seus convidados em sua Escola do Alto.
Quase todos esses missionários ficaram doentes recentemente com febre amarela. Felizmente, eles e as duas crianças Tarboux foram poupadas. Não podíamos prever que em sete meses o Rev. John Mattison, que foi conosco, sucumbiria àquela terrível doença. Naqueles dias, uma epidemia de febre amarela era esperada anualmente.
Nós encontramos Juiz de Fora uma cidade saudável perto das montanhas. Por volta de um ano, meu marido anunciou que a escola americana abriria no dia seguinte. Todo o equipamento era um quadro negro e uma caixa de giz. Naquele dia memorável, um garoto apareceu. Ele era de pais americanos, mas nasceu no Brasil. No dia seguinte, o filho do nosso professor de português entrou. Logo, cinco garotos foram matriculados. Não muito tempo depois, havia sete garotos hospedados conosco. Nós ficamos muito encorajados. Um conselho de curadores votou que a escola fosse chamada de Colégio Granbery. Sob esse nome, ficou bem conhecida." (LANDER, Mrs. T. H. After fifty years. World Outlook, Janeiro de 1940, p. 07)
John McPherson Lander: um missionário metodista © 2024 by Daiane Firme Cavalcante is licensed under CC BY-NC-ND 4.0
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