Os Frutos do Espírito (W. W. NEWBERRY, SCRANTON, PENN)




Há certos fatos matemáticos e axiomáticos com os quais todos somos familiares. Duas maçãs e duas maçãs sempre resultarão quatro maçãs. Não há questão ou incerteza quanto ao resultado. Um bom astrônomo pode calcular os movimentos dos planetas e nos dizer quando e onde eclipses estarão visíveis e estes cálculos são absolutamente certos e podemos confiar neles. Quando um fruticultor planta uma macieira é certo que ele terá maçãs se, pois, a macieira carregar de frutos. O fazendeiro que semeia aveia, centeio, cevada ou trigo está certo que colherá  o mesmo tipo que foi semeado. Não há incerteza quanto ao tipo quando a colheita chega.

As leis que operam no reino das coisas espirituais são assim tão certas como estas do mundo natural. O texto agora em consideração declara que os frutos do Espírito são o amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e temperança. Em outras palavras: quando o Espírito Santo é recebido e desimpedido no coração e na vida, é por certo que estes frutos começarão a brotar, florescerão, crescerão, ficarão maduros nesta vida como é certo que os pessegueiros produzirão pêssegos.

O fruto do Espírito é amor. Há muitas aplicações desta verdade em relação a esta palavra. Isto envolve o supremo amor para com Deus, amor pelo seu próximo, por todos os filhos de Deus, pelos seus inimigos, pela leitura e pelo estudo da Bíblia, pela adoração na casa de Deus, e pela vida de oração. Se, contudo, eu digo que eu amo a Deus supremamente e provo pela minha vida que eu amo outras coisas mais do que eu amo a Deus, tenho provado por minha vida que o Espírito Santo está impedido ou entristecido em mim; se for assim, este fruto do Espírito não poderá ser encontrado em minha vida. Um homem jovem pode professar muito ardentemente que ama certa jovem senhorita, mas se ele gasta mais tempo com outras jovens senhoritas e esbanja com elas presentes caríssimos e busca de todas as maneiras interessar a elas, então, ele está provando por sua vida que aquilo que professa é vazio  e que ele é um enganador. Isto é também verdadeiro quando aplicado ao amor de Deus. Se dissermos que amamos a Deus e não buscamos em nossa vida  diária fazer as coisas que O agrada, estamos demonstrando por nossa vida que o nosso testemunho é hipócrita. O Espírito Santo no coração produzirá  tal amor na vida.  

O desimpedimento e o não agravamento do Espírito Santo é a resposta para muitas das dificuldades que temos. Ele coloca em nossos corações amor pelo rude assim como Jesus tem amor em Seu coração pelo rude. Quando o amor de Deus é derramado dentro de nossos corações pelo Espírito Santo vemos a nós mesmos amado todos os assuntos que o Próprio Jesus ama. É do mesmo modo verdadeiro que cessamos de amar as coisas que Ele não ama.

“Onde está Bill Jones?” chamou um homem forte enquanto ele se levantava de um altar em um grande encontro no campo onde ele tinha justamente encontrado Jesus como Seu Salvador pessoal. Ele tinha vindo a este encontro armado para matar Bill Jones e Bill Jones tinha vindo armado para matá-lo. Bill Jones não estava, então, no lugar do encontro e este homem em cujo coração o Salvador tinha justamente revelado o Seu amor foi para encontrá-lo.  Quando depois de alguma busca ao redor do lugar até que ele finalmente o encontrou que Jesus tinha perdoado os seus pecados e que ele (o homem salvo) queria que ele o perdoasse. Este é o fruto prático que o Espírito Santo sempre carrega. O texto não diz que o fruto do Espírito Santo pode ser amor, mas a declaração é tão positiva quanto possa ser feita – “O fruto do Espírito é amor.”

THE ALLIANCE WEEKLY. NEW YORK, JANUARY 10, 1920. LIII, Nº 16.

Comentários