A conversão de John Bunyan

 

                                                      Foto: The Bedfordshire Tinker de George Eliel Sargent, 1848, s. p.

“Quando eu viajava pelo deserto deste mundo”... É assim que começa a narrativa de A Viagem do Cristão para a bem-aventurança eterna por um dos seus companheiros, tradução de Pilgrim’s Progress de John Bunyan (1628-1688) feita por Robert Reid Kalley(1809-1888)  e publicada no jornal carioca Correio Mercantil a partir da edição de 5 de Outubro de 1856.

No livro The Bedfordshire Tinker de George Eliel Sargent assim é narrada a conversão de John Bunyan: “Um dia Bunyan foi à cidade de Bedford para trabalhar em seu ofício, que era ser funileiro... Enquanto estava em Bedford, viu três ou quatro pobres mulheres sentadas à porta, no sol quente. Enquanto se aproximava delas, ouviu-as conversando uma com as outras, e ouviu o suficiente para descobrir que falavam sobre religião. Já que ele tinha reformado externamente sua conduta, e ia constantemente à igreja, estava muito vaidoso de sua bondade, e afeiçoou-se a falar sobre religião. Então se aproximou daquelas mulheres, para ouvir mais de perto o que diziam... Mas, elas falavam de coisas que John Bunyan não sabia nada a respeito, ainda que tudo podia ser encontrado no Evangelho de Jesus Cristo. Elas falavam sobre novo nascimento, e a obra de Deus em seus próprios corações. Falavam também das benditas promessas da Bíblia, que frequentemente as confortavam quando estavam em provação e tentação... Então falaram da pecaminosidade de seus corações... e de suas próprias obras como sendo incapaz de salvar suas almas... John Bunyan foi para longe daquelas mulheres, mas não pode esquecer o que as ouviu dizerem. Sentiu em seu coração que não era verdadeiramente um homem piedoso... Ele retornou onde estava a mesma pobre mulher que ele viu conversando com outras mulheres... seu desejo de ouvir o que falavam a respeito das coisas de Deus era mais forte. John Bunyan começou a sentir agora o que nunca sentira antes: grande ternura de coração, que o fez crer em tudo o que a Bíblia diz sobre o pecado humano, e o quão incapaz é qualquer pecador de salvar a si mesmo por meio de boas obras. Começou também a pensar das coisas que ouviu sobre o caminho da salvação. Antes disto, se ofendia com qualquer um que dissesse que ele tinha um coração muito malvado, mas, agora sabia que isso era verdade... Ele também começou a ler a Bíblia como nunca havia feito antes... Ele orou para que o Espírito Santo de Deus o ajudasse a entender a Bíblia... A Bíblia era agora, preciosa para sua alma...” (The Bedfordshire Tinker de George Eliel Sargent, 1848, p. 27-30 e 32)

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