A escritora evangélica Hesba Stretton (1832-1911)

 

Hesba Stretton (1832-1911)

“Hesba Stretton, cujo nome verdadeiro era Sarah Smith, nasceu em Julho de 1832, em Wellington, Shropshire, sendo a quarta filha duma família de oito filhos de Benjamin Smith, livreiro e editor. Sua mãe, uma mulher de fortes pontos de vista religiosos, morreu quando Sarah tinha oito anos de idade. Sarah frequentou uma grande escola para meninas em Watling Street, Wellington, mas sua educação foi adquirida principalmente pela leitura dos livros, na loja de seu pai. Ela começou a escrever pequenos contos, sem pensar em publicação, quando sua irmã Elizabeth, sua principal companhia, enviou um desses contos, ‘The Lucky Leg’, para Charles Dickens, editor de ‘Household Words’. Ele aceitou o conto, e enviou um cheque de 5 libras declarando que ficaria feliz em receber mais contribuições para a revista. Assim surgiu uma amizade entre Dickens e a jovem autora, que até 1866 contribuiu com algum escrito para cada número de Natal de seu jornal ‘All the Year Round’. 'Foi então que, sentindo que ao nome dela faltava algo que o distinguisse, ela adotou o pseudônimo ‘Hesba Stretton’, ‘Hesba’ sendo formado pelas iniciais dos nomes de suas irmãs e irmãos que estavam vivos, por ordem de idade, e ‘Stretton’ de All Stretton, Shropshire, onde sua jovem irmã Ann herdou algumas propriedades. Hesba Stretton daí em diante usou seu novo nome em todas as relações de sua vida. Seu trabalho literário atraiu pouca atenção à primeira vista, até que na revista ‘Sunday at Home’ na seção Pages for the Young, durante o ano de 1866, apareceu em forma de série ‘A primeira oração de Jéssica’. É uma simples e comovente história escrita sobre o despertar religioso de uma menina desamparada das ruas de Londres. Publicado em forma de livro em 1867, ganhou imediata e duradoura popularidade, tendo mais de 1.500.000 cópias vendidas. Desde então, tem sido traduzido em cada língua europeia, e na maioria das línguas asiáticas e africanas... A história foi recomendada pelo Conde de Shaftesbury, enquanto o Czar Alexandre II, da Rússia, libertador dos servos em 1861, ordenou que fosse colocado em todas as escolas russas. Este decreto, no entanto, foi revogado por seu sucessor, Alexandre III, que queimou todas as cópias desta história da senhorita Stretton. ‘O pátio dos anjos’ e ‘Alone in London’, teve um circulação de 750.000 exemplares, e por volta de 1906, ela tinha 50 volumes de livros creditados a seu nome, bem como várias novelas longas... Tornando-se conhecida da Baronesa Burdett-Coutts, Hesba a ajudou em suas obras de caridade. Hesba tomou parte na fundação da London Society for the Prevention of Cruelty to Children, e participou da reunião de fundação desta instituição na Mansion House com mais 20 pessoas, que incluía a Baronesa Burdett-Coutts e o Conde de Shaftesbury. A senhorita Stretton permaneceu na executiva até 1894... durante a fome na Rússia em 1892, ela coletou 1.000 libras para ajuda aos camponeses, e se esforçou pessoalmente para garantir sua adequada distribuição... Em 1890, a senhorita Stretton estabeleceu-se em Ivy Croft, Ham, perto de Richmond, onde faleceu em Outubro de 1911, após ficar confinada em seu quarto por quatro anos. Ela foi sepultada no cemitério da igreja, na Ham Common, Surrey...” (The Age, 5 de Fevereiro de 1944, p. 7)

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