John Bunyan, o autor de O Peregrino

 

“Depois da Biblia, ‘O Peregrino’ é o livro mais popular no mundo. Escripto em inglês, tem sido traduzido em todas as línguas principaes que existem e tambem em muitos dialectos. A Sociedade de Tratados Religiosos, de Londres, tem-no editado em 126 linguas estrangeiras, e só em inglês, tem disseminado não menos de um milhão e meio de exemplares... O autor deste notável livro, foi João Bunyan, originalmente um latoeiro de Bedford, que nasceu em Elstow, Bedfordshire, em qualquer dia de Novembro de 1628, e morreu em Londres, em 31 de Agosto de 1688. Durante dos sessenta annos da sua vida, escreveu sessenta livros e tratados, alguns dos quaes ainda existem, taes como ‘A Guerra Santa’, ‘Graça abundante ao principal dos peccadores’, ‘O lacaio celeste’, ‘A vida e morte do Sr. Badman’, ‘O peccador de Jerusalém salvo’. Mas nenhum alcançou a eminencia, nem exerceu uma influencia comparável ao ‘O Peregrino’.” (Jornal Batista, 17 de Março de 1932, p. 5)

     O Peregrino (Pilgrim’s Progress) foi escrito quando John Bunyan estava na prisão de Bedford, Inglaterra. Em 12 de Novembro de 1660, Bunyan foi pregar numa cidade numa cidade perto de Bedford, e foi preso sob a acusação de não cultuar na igreja oficial da Inglaterra e fazer pregações consideradas ilegais.

Toda vez que John Bunyan conseguia um benefício legal, voltava a fazer pregações evangélicas, então era levado novamente para o cárcere. Assim, cumpriu uma pena de doze anos de reclusão simplesmente por exercer o direito de consciência.

O Juiz Keeling assim tentou aterrorizar Bunyan para que parasse de pregar, mas sem sucesso: “‘ouve a tua sentença: tens que voltar para a prisão, onde ficarás por três meses. E no fim de três meses, se não tornares a frequentar a Igreja e se não desistires das tuas pregações, serás banido do reino, onde voltando sem licença especial do rei, serás enforcado. Atenta, pois no que te digo’. E voltando-se para o carcereiro, disse: ‘Levai este homem’. A resposta de Bunyan foi tão digna do seu caráter cristão quanto a sentença foi indigna do Juiz que a proferiu. ‘Se eu saísse hoje da prisão', disse ele, 'pregaria amanhã, com o auxílio de Deus’! E acompanhando o carcereiro, foi de novo encerrado.” (O Peregrino de John Bunyan, Imprensa Metodista, 1963)

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